Fonte da matéria: https://beat98.com.br/utilizacao-do-terreno-destinado-a-ampliacao-do-inca-para-trabalho-com-populacao-de-rua-pela-prefeitura-preocupa-moradores-do-centro/
O Secretário municipal de Saúde afirma que "...A expansão do Inca vai sair. Está no PAC3
(a obra). Vai ser uma PPP (Parceria Público Privada)."
No meio de vários boatos sobre a obra misteriosa no terreno do antigo Hospital IASERJ, situado na Av Henrique Valadares nº 107, bairro do centro, próximo a Praça da Cruz Vermelha, demolido criminosamente por Sérgio Cabral junto com seu braço direito Sérgio Côrtes,em 2012,surgem vários boatos de moradores e alguns com viés preconceituoso sobre o perfil da população de rua em que alguns até defendem a internação compulsória, o que mostra a desinformação de quem defende este tipo de medida, porque o que é forçado não leva a lugar algum, porque se enfrentará a própria resistência do paciente. Abaixo trazemos alguns trechos importantes de informação trazida após consulta ao Secretário Municipal de Saúde Daniel Soranz.
Contudo uma coisa é certa, e há unanimidade, que os moradores e associações de moradores, comerciantes, e demais que utilizam o território ali do entorno do terreno do antigo hospital IASERJ, não foram comunicados do projeto do governo municipal que está sendo ali instalado, ainda que temporariamente, sem qualquer placa de aviso que ao menos comunicasse: " Neste terreno será instalado temporariamente um equipamento social de acolhimento, ou que o local servirá de ponto
de apoio ao trabalho que a secretaria vai desenvolver com a população de rua, ou que ali será uma
unidade de acolhimento", pois é isso que afirma o secretário de saúde do Municipio da cidade do Rio de janeiro, na entrevista abaixo.
Também é importante destacar que o trabalho ininterrupto com esta obra de caráter temporário, tirou o sono dos moradores dos prédios da vizinhança, pois o barulho das máquinas trabalhando era por cerca de 24 horas a fio, desrespeitando o horário da lei do silêncio. Este fato motivou também reclamações da vizinhança para que tivessem direito ao horário do sono tranquilo.
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Abaixo segue a entrevista retirada do "beat98" com informações do Secretário Municipal da cidade do Rio de Janeiro e também do Ministério da Saúde, contendo também dados do IPEA.
Ministério da Saúde, dono da área, garante que expansão do Instituto do
Câncer não foi descartada. Uso da área pelo município seria fruto de parceria
em apoio à uma ação social. Uma
movimentação de operários da prefeitura, iniciada na noite da última
sexta-feira, no terreno destinado à ampliação do Instituto Nacional do Câncer
(Inca), na Praça da Cruz Vermelha, no Centro, chamou a atenção de moradores da
região. Desde então, o trabalho de limpeza e terraplanagem tem sido
ininterrupto na área da mais de 14 mil metros quadrados que ocupa praticamente
todo o quarteirão no limite com a Avenida Henrique Valadares e as ruas
Conselheiro Josino e Washington Luís. A falta de informações sobre o que seria
feito ali gerou uma série de especulações e temores entre a população vizinha.
(...)
O Ministério da Saúde informou que será
realmente feita a expansão do Inca no terreno e que a ocupação pelo município
“se trata de uma parceria entre a prefeitura do Rio de Janeiro e o Instituto,
em apoio à uma ação social da cidade do Rio de Janeiro”. Já a prefeitura diz
que só falará sobre o assunto no momento oportuno. Procurado, o secretário
municipal de Saúde, Daniel Soranz confirmou apenas que o local servirá de ponto
de apoio ao trabalho que a secretaria vai desenvolver com a população de rua,
cujos detalhes serão anunciados na semana que vem. Ele nega que haja intenção
de criar ali um centro de triagem ou mesmo que a movimentação da prefeitura no
local faça parte do projeto de internação compulsória de usuários de drogas.
(...)
— Isso é uma grande mentira. A expansão do Inca vai sair. Está no PAC3
(a obra). Vai ser uma PPP (Parceria Público Privada). Ali a gente vai fazer uma
unidade de acolhimento. A gente está preparando um grande programa de
atendimento à população de rua que a prefeitura vai apresentar na próxima
semana. Ali vai ser uma unidade de apoio e acolhimento. Não vai ser centro de
triagem nem tem nada a ver com internação compulsória — garantiu o secretário
que esteve visitando o local no último sábado.
Soranz garantiu ainda que o uso do espaço pela prefeitura será por pouco tempo.
Mas a população teme que o que o provisório se torne permanente. Nesta
quarta-feira já havia sido concluído o serviço de limpeza e terraplanagem do
terreno, que em alguns trechos ganhou uma camada de asfalto. O trabalho está
sendo feito por operários da Secretaria Municipal de Conservação. Nessa parte
estão sendo instaladas algumas estruturas metálicas que serão cobertas por
lona.
(...)
Procurado novamente, o Ministério da Saúde garantiu que o espaço
continua destinado à ampliação do Instituto. “O projeto, hoje, está em fase de
atualização em função de alterações na legislação e normas técnicas
pertinentes”, informou por meio de nota o órgão.
União destina R$ 1 bi para ações
Na última segunda-feira, o governo federal lançou o plano Ruas Visíveis – Pelo
Direito ao Futuro da População em Situação de Rua. A medida promove a
efetivação da Polícia Nacional para População em situação de rua e vai destinar
investimento de R$ 982 milhões para ações nesse área. O lançamento aconteceu em
meio às celebrações dos 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos,
completados no domingo e em atendimento a uma determinação do Supremo Tribunal
Federal (STF).
O plano prevê 99 ações que serão desenvolvidas a partir de sete eixos:
assistência social e segurança alimentar; saúde; violência institucional;
cidadania, educação e cultura; habitação; trabalho e renda; e produção e gestão
de dados. Os trabalhos de articulação vão envolver 11 ministérios, que atuarão
em parceria com governos estaduais e municipais e em diálogo com os movimentos
sociais e outros órgão e instâncias representativas.
De acordo com um levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada), 227.087 pessoas em situação de rua, em todo o país, estão inscritas
no Cadastro Único (CadÙnico) do governo federal. Os dados são de agosto de 2023
e apontam um crescimento quase dez vezes maior na comparação com 2013. Para o
especialista em políticas públicas e gestão governamental, Marco Antônio
Carvalho Natalino, isso significa que há mais pessoas em situação vulnerável
acessando os programas sociais.
— O aumento dos cadastrado em si é bom, mesmo num cenário ruim de crescimento
da população de rua. Significa que que são pessoas que estão tendo acesso a
documentos e às políticas públicas — afirma Natalino.
O Iaseg e posteriormente Iaserj era um hospital por excelência. Possuía verba própria, tendo em vista que o servidor descontava 2% de seus vencimentos. A qualidade do atendimento era notável, bem como a a excelência dos médicos. Minha mãe foi operada de emergência por duas vezes nos anos 70, uma vez para a retirada da vesícula e outra vez devido a uma infecção intestinal, lá ficando internada, e nos dois casos a recuperação foi ajudada pelo excelente serviço de enfermagem. Mas nos anos 80 o hospital sofreu um grande baque quando Leonel Brizola assumiu o governo do Rio de Janeiro e o Iaserj passou a adotar sistema de "caixa única", ou seja que o desconto mensal dos servidores estaduais e municipais passaram a ser utilizados para "outras finalidades". O resultado não se fez esperar e passou a faltar tudo, desde médicos até gaze. Hoje em dia o Iaserj só possui um pequeno ambulatório no Maracanã e não sei informar se ainda atende em alguma especialidade. O Prefeito Eduardo Paes em 2009 instituiu planos de saúde para os servidores municipais ativos e inativos, estabelecendo convênios com algumas operadoras e subsidiando mais 90% do custo mensal. Só para se ter uma ideia, minha mãe com Oitenta e Dois anos, desconta mensalmente de seus proventos cerca de R$ 110,00. Quanto ao Estado, não possui qualquer hospital e nada oferece ao servidor.
ResponderTia Nalu é chique. Se precisa,vai pro Albert Einstein.
ResponderBom dia a todos.
ResponderVou ficar acompanhando os comentários.
É triste constatar que já tivemos serviço público de saúde com qualidade. O sistema de caixa único e a unificação dos antigos institutos foi o início da decadência.
ResponderDepois da unificação dos Institutos o atendimento amplo e irrestrito a quem não contribuía, pelo Sarney, golpe sujo nos contribuintes, piorou ainda mais a situação.
Um pensamento desses me faria ter calafrios no tempo em que eu vivia no mundo da fantasia. "Tadinho, ele foi tão bom com os necessitados".
Mamãe, diria, cumprimentar com o chapéu alheio é fácil, compre vc o seu chapéu.
Verba da União para hospitais da União Seria o certo.
A última vz que passei em frente havia inúmeras faixas e funcionários faziam um protesto à porta. Gostaria de conhecer o Anexo. Se a qualidade do serviço for a mesma demonstrada nas últimas obras será um monstruoso ralo para o qual seguirá nosso dinheiro.
ResponderDerrubar um imóvel, já construído com a finalidade de Hospital, para substituí-lo por um Anexo, no mínimo é temerário.
Bom dia a todos. Quando foi que se deu a demolição deste prédio e a construção do prédio novo já demolido do IASERJ? A saúde pública do País se resolveria simplesmente com uma lei, nenhum servidor público poderá ter plano de saúde pago pelos cofres públicos, mesmo sendo descontado do seu salário, isto vale do Presidente ao atendente.
ResponderMesmo pq já é descontado do seu salário. O que se recebe é uma "mirreca" a título de auxílio. O servidor pode escolher um dos planos cadastrados em sua Organização. Não vejo vantagem nisso. A mensalidade para o Serviço Público Federal é maior do que a praticada às Empresas Privadas.
Nosso Plano de Seguridade Social (PSS) não possui rede hospitalar, médicos, postos. Somos atendidos pela mesma rede do INSS.
Quando falam de servidor generalizam. Legislativo e Judiciário nada tem a ver com o Barnabé do S.P.F. Um certo presidente tornou ainda mais desiguais aos iguais criando inúmeros Planos de Carreiras e gratificações distintas a partir da Unidade que o mesmo trabalha e mesmo dentro de uma mesma Unidade. Sorria, seria "cômico se não fosse sério".
Sensacional esta fotografia de Malta. E o fotolog está cada vez melhor com nitidez nas fotos e uma pesquisa muito interessante. Acho que o Luiz se aposentou e está se esmerando nos textos. Quanto à Saúde conforme foi dito acima a extensão de atendimento a todos mesmo sem contrapartida de contribuição como era até o final dos anos 80 liquidou com os hospitais federais. Além é claro da lambança e roubalheira dos governantes do Rio aí incluídos governadores e secretários de Saúde.
ResponderEsse território do antigo Morro do Senado é um dos menos fotografados do Centro e arredores. Antes do desmonte então... quase nada.
ResponderCaríssimo luiz,
ResponderNão conhecia essa Casa de Saúde, mas achei estranho que o homenageado com o nome (Pedro Ernesto) fosse muitíssimo mais novo do que o próprio fotógrafo (cerca de 20 anos mais novo) e que, pelos modelo dos carros teria pouquíssimo tempo de formado. Sempre soube que o nome do Hospital Universitário fosse em homenagem ao "prefeito" e não ao médico (já que não teve uma carreira médica das mais reconhecidas), por isso fiz uma pequena pesquisa e, com o intuito de acrescentar mais algumas às suas preciosas informações, descobri que a propriedade da Casa de Saúde era do próprio médico e que era mais usada por ele como refúgio e reuniões com seus correligionários políticos revolucionários contra o governo federal.
Acrescentando....pelo rol dos cirurgiões citados como do seu conhecimento pessoal imagino que também tenha conhecido aquele que foi meu mestre e ídolo e que não podia deixar de homenagear, o Dr. Darcy Monteiro.
Não cheguei a conhecer o Dr. Darcy Monteiro. Trabalhei quase 30 anos no "Souzão" mas ele já não estava mais lá.
Impressionante como não conseguimos instituir um sistema de saúde decente no Brasil. Países como Cuba, México, Panamá, Chile, Argentina e Uruguai, só para citar a América Latina, tem sistemas de saúde melhores que o nosso. Só quem tem dinheiro e pode pagar bons planos tem alguma assistência decente. E quem tem mais dinheiro ainda vai logo para o Albert Einstein.
ResponderE o pior (não querendo ser prolixo) é que pioramos a cada ano...
RETIFICAÇÃO: o cirurgião-geral que conheci no Souza Aguiar era o Augusto Paulino Neto, sobrinho de Fernando Paulino.
ResponderUm exemplo bem próximo é o Chile, país beirando o comunismo e à beira da falência, quando Pinochet em 1973 "pôs ordem na casa". Só que o Chile, ao contrário do Brasil" aprendeu a lição e tornou-se um país quase modelar, possuindo sistemas de saúde, educação, e de segurança, em níveis europeus. O que faltou ao Brasil? Vergonha na cara,"componentes étnicos adequados", e pelo menos mais dois mandatos de Médici...
ResponderAli no terceiro andar,uma exaltação ao JBAN:varanda/puxadinho.
ResponderLembrei imediatamente do Miguel Falabella e os puxadinhos nos quais diz ter trabalhado.
Eu quis dizer que serviço médico particular só poderia ser contratado por pessoa física individualmente, diretamente com o médico ou plano de saúde. Nem as empresas particulares ou públicas poderiam contratar serviço médico particular.
ResponderO servidor que aderir a Plano tem o valor descontado no contracheque, se assim escolher, e trata diretamente com o médico de sua preferência dentro do menu oferecido pelo Plano.
ResponderO que exite no SPF são as perícias, Juntas Regulares de Saúde que constatam se o servidor deve ou não ser aposentado. Licenças até 120 dias devem ser homologadas por médicos das suas instituições. Após o prazo acima os servidores serão encaminhados a JRS.
Lembro dos médicos que atuavam nas farmácias, Dr. José em Higienopólis, Dr. Paulo Guapiassu, na Ilha e em consutórios como Dr. Mauricio Brykman e o prezadíssimo Dr. Nerval, na Rua dos Chichorros, 5 no Catumbi, este, médico da nossa família.
Não existia a quantidade de exames que existe hoje, a quantidade imensa de especialidades, o diagnóstico era coisa bem simples. Dificilmente, apos auscultar o pulmão o médico solicitava um Raio X, o que chamávamos de "chapa do pulmão." Quando a doença era grave e necessitava de tratamento hospitalar ou cirurgia recorria-se aos hospitais públicos. As beneficências eram tb um grande apoio.
Creio que a saúde da população era bem melhor.
Trabalhei muitos anos com o Dr. Paulo Guapyassu.
Lembro do Silvio, dono da farmácia na qual ele trabalhava. Encontrei-o não faz muito tempo em lugar próximo quando procurava um envelope que havia perdido e chegamos a conversar sobre os velhos tempos. Bons tempos.
Acredito que a média de idade no Brasil aumentou por conta dos recursos tecnológicos e aperfeiçoamento dos profissionais da medicina. Essa média pode abaixar se boa parte do povo não tiver mais acesso a tudo isso?
ResponderAcredito que as pessoas sempre acham um jeito. Consumo e consumidor criam sempre novas fórmulas.
Não conheci o local do prédio para localizá-lo com precisão, mas quero crer que o morro atrás do hospital é o começo de Santa Teresa e a serra atrás é a montanha que separa Santa Teresa do Catete, o Nova Cintra. Gostaria que outros comentaristas julgassem se poderia ser o Morro do Senado.
ResponderFui pesquisar no Google. O Morro do Senado fez parte da obra do Porto e foi demolido entre 1900 e 1903. Pelo mapa que vi, de 1906, a Rua Henrique Valadares, projetada, ficaria dentro do Morro do Senado, que se estendia entre a Rua do Resende e a Rua do Senado; e entre a Riachuelo e a Rua da Relação.
ResponderO mapa está em:http://www.riodejaneiroaqui.com/pt/planta-centro-do-rio-1906-com-morros-do-castelo-santo-antonio-e-senado.html
Mesmo que algumas datas estejam imprecisas, não há como coexistirem a Rua Henrique Valadares e o Morro do Senado e, portanto, o morro atrás é mesmo Santa Teresa.
A primeira Casa de Saúde construída pelo Dr. Pedro Ernesto foi em 1910 na Rua do Riachuelo. Nada entendo de carros mas achei os da foto bem antigos. O local da Casa de Saúde na Rua Henrique Valadares parece bem diferente. Esta aí parece estar em uma elevação. Achei no Google,
ResponderUm bom estudo sobre o Dr. Pedro Ernesto:
https://books.google.com.br/books?isbn=8570414056
Os carros são dos anos 20.
Obrigada.
Belo Hospital mas em Niterói existiam belíssimas clinicas e casas de saúde.Não é preciso mencionar que o Antonio Pedro é o melhor hospital do Rio de Janeiro.
ResponderEm a madrugada de 23 de maio de 1928, o Presidente Washington Luís foi internado à pressas nesta Casa de Saúde. Segundo os boletins médicos, tratava-se de urgente retirada do apéndice. Na verdade, W. Luís fora alvo do violento ciúme da "marquesa" italiana Elvira Vishi, seu amante, quem, durante una discussâo num quarto do Copacabana Palace, lhe deu um tiro no ventre. Quatro dias despois, a marquesa, de 28 anos, se suicidou.
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