quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Parabéns servidores, estudantes, sindicatos e pacientes por estarem nesta luta! O MUDI também apóia esta luta e todas as demais pela saúde pública de qualidade e 100% pública, inclusive sua gestão, sem extra quadros e terceirizações. Avante saúde pelo SUS! Matéria retirada do sítio do Sinmed.

Manifestação defende Hospital Clementino Fraga Filho
Foto: Claudionor Santana

     Na manhã desta terça-feira (29/10), médicos e demais funcionários do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) realizaram um ato público para defender a unidade, que há tempos vem enfrentando sérias dificuldades. A manifestação contou com a participação de médicos residentes, alunos e professores da Faculdade de Medicina da UFRJ, além de pacientes do hospital. O presidente do SinMed/RJ Jorge Darze e diretor Júlio Noronha prestigiaram o ato, assim como o presidente do Cremerj, Sidnei Ferreira, e o presidente da Associação de Movimentos dos Renais Vivos e Transplantados do Estado do Rio de Janeiro (Amorvit-RJ), Roque Pereira, que foi acompanhado por doentes crônicos.
     Os profissionais de saúde querem que o hospital retome a realização de transplantes renais, hepáticos, de medula óssea, pulmonar e cardíaco, entre outros, e a reabertura imediata da Emergência e dos postos e leitos das unidades intensivas. Defendem ainda o retorno da capacidade total de funcionamento da unidade, que hoje atinge apenas 25 % do seu potencial para internações e cirurgias. Dos 615 leitos que possuía, menos de 200 estão hoje em funcionamento.
     Os médicos do HUCFF elaboraram e leram um documento que denuncia a crise enfrentada pela instituição, considerada sem precedentes. Eles solicitam à reitoria da UFRJ, a quem o hospital está vinculado, bem como aos Ministérios da Educação e da Saúde, a recuperação da estrutura física, a reposição e renovação dos equipamentos danificados e de pessoal, a convocação dos aprovados no último concurso e a realização de novo concurso para suprir o déficit de profissionais.
SinMed/RJ e Cremerj unidos contra a EBSERH
     Nesta quinta-feira (31), representantes do SinMed/RJ e Cremerj estarão reunidos para elaborar estratégias de luta conjunta contra a EBSERH e para defender os hospitais universitários e federais do Rio de Janeiro, que estão sendo prejudicados pela empresa.
     “Essa crise é intencional, pois o governo quer entregar os hospitais universitários para a EBSERH. Além da falta de profissionais e insumos, vários equipamentos estão guardados em caixas, aguardando instalações para o seu uso. Essa situação é criminosa”, destacou o presidente do SinMed/RJ.
     “Embora o Hospital Clementino Fraga Filho possua 150 mil prontuários ativos, apenas cerca de 1500 doentes são atendidos hoje em ambulatório. É importante destacar que a unidade carece de aproximadamente 800 médicos, além de profissionais técnicos para que possa recuperar a sua capacidade plena de funcionamento, garantindo a formação dos alunos do curso de Medicina, da Residência Médica, dos pós-graduandos de Medicina e a realização de trabalhos científicos”, salientou Júlio Noronha.
     O presidente do Cremerj afirmou que o Conselho se fez presente na manifestação para defender a unidade e não permitir o seu fechamento.
Leia o documento elaborado pelos médicos do HUCFF.
http://www.sinmedrj.org.br/arquivos/documentoelaboradopelosmedicosdohucff.pdf

Texto Ana Freitas


                                                                                                       
                                                                                                         
                                                                                                        
 



Data: 29/10/2013

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

AMANHÃ, QUINTA-DIA 24 - ÚLTIMO DIA DO PLEBISCITO. PARTICIPEM E AJUDEM A DIVULGAR!

AMANHÃ, QUINTA-DIA 24 - ÚLTIMO DIA DO PLEBISCITO. PARTICIPEM E AJUDEM A DIVULGAR!

Contra a Privatização diga NÃO à EBSERH - Saúde Brasil! Defenda o serviço público e o servidor público, assim como o direito as 30 horas!
 
Plebiscito sobre a Ebserh nos hospitais e institutos federais vai até quinta-feira (24/10)
22/10/2013

Iniciado terça-feira 22, vai até esta quinta 24 o plebiscito que está consultando os servidores dos hospitais e institutos federais do Rio sobre a entrega das gestões dessas unidades à Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). A apuração será realizada sexta-feira (25/10), a partir das 13h, no auditório do Sindsprev/RJ (Rua Joaquim Silva, 98 – Lapa, próximo aos arcos). Em seguida, o Sindicato promove confraternização antecipada pelo Dia do Servidor Público (28 de outubro). Compareça.
Em cada hospital e instituto há urnas para os servidores votarem. Se você é lotado em algum hospital ou instituto federal do Rio e ainda não votou, procure a urna mais próxima. O plebiscito é organizado pelo Sindsprev/RJ em conjunto com as regionais e núcleos sindicais.
A Ebserh é uma empresa criada pelo governo em 2010, com o objetivo imediato de administrar hospitais universitários e que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, quer também impor aos hospitais e institutos federais, onde o governo vem desrespeitando a jornada histórica de 30h semanais e o direito dos servidores ao duplo-vínculo.  Se a Ebserh assumir a gestão de hospitais e institutos federais de saúde, os direitos dos servidores estatutários serão ameaçados, bem como o atendimento de qualidade à população usuária. 


PARTICIPEM!


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domingo, 20 de outubro de 2013

COMUNICADO DO MUDI: ARRASTÃO CULTURAL DO MUDI, AMPLIADO COM OUTROS COLETIVOS POPULARES, ESTÁ CHEGANDO... PREPAREM-SE E PARTICIPEM!

Comunicamos que nós do MUDI estamos de forma ampliada, com outros movimentos populares, organizando um grande ato com várias atividades culturais para o dia 29 e 30 ( 6ª feira e sábado ) do mês de novembro no bairro do centro, na Praça da Cruz Vermelha, como uma iniciativa de mantermos a memória e a luta  pelo resgate do funcionamento do Hospital do IASERJ de volta ao bairro do centro. Queremos que o nosso Hospital que foi demolido seja reconstruído no mesmo endereço de antes, uma vez que tinha impedimento por lei de ser demolido. Alternativamente, reivindicamos que seja reconstruído através de várias unidades, nos vários prédios públicos ociosos no bairro, como o do antigo IML entre outros. Em nossas reivindicações estão incluídos o pedido de não mais  fechar Hospitais e Postos de Saúde  como tem feito o Governo Cabral e Eduardo Paes, como com os ambulatórios do IASERJ da Gávea e de Madureira, da Maternidade da Praça XV, Hospital de Infectologia São Sebastião, o de Anchieta , ala de transplante do Hospital de Bonsucesso, parte do Hospital Pedro II etc... além de nos posicionarmos contra a privatização na saúde pública, dentro dos Hospitais e centros de saúde pública, como já está ocorrendo dentro do INCA e do Hospital do Cérebro no bairro do centro. Vocé é nosso convidado para estas atividades. Enviem suas sugestões de atividades para este nosso Blogue, ou e-mail. Também estamos buscando os artistas do bairro para fazermos na 6ª feira, dia 29/11, uma noite musicada com um luau cultural para nossa comunidade local  e entre os que continuam nesta luta e os que desejarem nela somar. 

Com o crescimento de tanta química nos alimentos e mais drogas que viciam no mercado, não é a toa que lemos matérias como a que se segue, quanto ao crescimento do câncer nos próximos anos. Os alimentos fast food devem entrar no elenco dos grandes responsáveis, além do fumo, bebidas alcólicas, remédios, poluição, drogas, stress etc...O MUDI requereu, por sua comissão de mobilização, uma via do relatório que será enviado à Secretaria de Saúde Estadual, para postar neste nosso Blogue , e aguarda resposta dos organizadores deste material.

Matéria retirada do link:

http://www.hucff.ufrj.br/noticias/destaque/868-registro-hospitalar-em-cancer

Registro Hospitalar de Câncer

Jornada RHC
"Dentro de alguns anos, o câncer será a primeira causa de morte no mundo, superando as doenças cardiovasculares", a afirmação foi compartilhada durante a I Jornada de Registro Hospitalar de Câncer do Estado do Rio de Janeiro, ocorrida no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), na última sexta-feira (11/10).
Serviço de Epidemiologia e Avaliação (SEAV) juntamente com residentes de saúde coletiva promoveram a Jornada e apresentaram progresso do registro hospitalar de câncer no HUCFF.
Os residentes César Paro, Marcella Martins e Évelyn dos Santos se dividiram na demonstração de trabalhos científicos e da trajetória do RHC no HUCFF, que já funciona há 13 anos. Eles exibiram indicadores de produtividade no atendimento aos casos de neoplasias malignas dos diversos serviços do HUCFF durante todo o ano de 2011.
Registradores de câncer do INCA, Hemorio, Hospital Federal de Bonsucesso, Mário Kroeff e Cardoso Fontes estiveram no HUCFF e, durante a Jornada, responderam a um diagnóstico situacional sobre o histórico do RHC em cada uma das unidades. Com este diagnóstico será possível conhecer melhor a realidade destes hospitais e criar ferramentas para melhorar os processos de trabalho e divulgação do registro de câncer.
Para a registradora do HUCFF, Sandra Baliza, ter um RHC no hospital é importante para o conhecimento epidemiológico do câncer, além de ser uma ferramenta de vigilância e planejamento da assistência ao paciente oncológico.
Os resultados da jornada estarão em um relatório produzido pelos residentes e encaminhado a Secretaria Estadual de Saúde. A jornada foi aberta pelo diretor do HUCFF, José Marcus Raso Eulálio, a chefe do SEAV, Stela Lobo, e pela representante do INCA, Marceli de Oliveira Santos.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

MORTES DE BEBÊS NA MATERNIDADE MUNICIPAL AMÉLIA BUARQUE DE HOLANDA. CADÊ A MATERNIDADE PRAÇA XV? CABRAL A DESATIVOU EM MAIS UMA NEGOCIATA COM O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, QUE USARÁ O ESPAÇO PARA EXPANDIR SEU CENTRO ADMINISTRATIVO DO COMPLEXO JUDICIÁRIO DA PRAÇA XV! QUE VERGONHA! É UM RETROCESSO SOCIAL! FORA CABRAL E JUDICIÁRIO INJUSTO QUE VANDALIZAM OS HOSPITAIS PÚBLICOS! CADÊ O HOSPITAL IASERJ? ELES , ESTES PODRES PODERES TAMBÉM VANDALIZARAM ESTE HOSPITAL E AINDA ASSASSINARAM 15 OU MAIS PACIENTES! NÃO A ESTAS IMPUNIDADES!

O QUE AS MATÉRIAS ABAIXO NÃO DIZEM:

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNESNet )

http://cnes.datasus.gov.br/Mod_Profissional.asp?VCo_Unidade=3304557027397), o SMSDC RIO MATERNIDADE MARIA AMELIA BUARQUE DE HOLLANDA possui 544 registros de funcionários, todos autônomos, com vínculo empregatício intermediado por Organização Social). O INSTITUTO SAS é uma associação civil, sem fins econômicos, tem como finalidade o desenvolvimento de ações, programas e projetos nas áreas da saúde, assistência social, cultura, esportes, educação e meio ambiente conforme prevê seu estatuto social. Nos últimos anos, o Instituto SAS vem se especializando em atividades voltadas para área da saúde, através da gestão de unidades de saúde. O Instituto SAS qualificado como Organização Social - OS para Saúde, em diversos Estados e Municípios, possui Termo de Convênio nº 095/2008 SMS-G e termo aditivo nº 01/2009 e 02/2010, Contrato de Gestão nº 22/ 2009 - NTCSS-SMS-G e termo aditivo nº 01/2009 e 02/2009, com a Prefeitura de São Paulo; Termos de Convenio nº 12/2011, 80/2011 e 81/2011 e Contrato de Gestão nº 004/2012 e 010/2012, com a Prefeitura do Rio de Janeiro; Contrato de Gestão nº 01/2011 e Termo aditivo 01 e 02, com a Prefeitura de Araçariguama; Contrato de Gestão nº 59/2011 e Termo aditivo 01, com a Prefeitura de Vargem Grande Paulista; Contrato de Gestão nº 001/2012 e Termo aditivo 01 e 02 com a Prefeitura de Americana; Contrato de Gestão nº 01/2012 com o Estado de Santa Catarina. As Atividades desenvolvidas pelo Instituto SAS estão atreladas a metas e prazos descritos nos Contratos de Gestão e Termos de Convênio, sendo os recursos destinados ao custeio das atividades providos pelas Prefeituras. A OS está envolvida em crimes de desvio de verbas, do Hospital Regional de Araranguá – SC. Em Americana (SP), o Instituto SAS foi qualificado para gerenciamento das quatro unidades de pronto-atendimento do município - PAI Zanaga, PAI Mathiensen, PAI Gramado e PA São José -, do Núcleo de Especialidades e das UBSs (unidades básicas de saúde) Gramado, Mathiensen e São José. O tempo de contrato é de três anos, mediante o repasse de R$ 25 milhões anuais. O Ministério Público de São Paulo, através do Gaeco, investiga irregularidade em vários contratos.

Colaboração da informação acima de Cláudia Barcellos, pelo Forum de Saúde, do qual o MUDI participa. 

Mortes em série de bebês em maternidade no Centro do Rio

Hospital é acusado de levar ao extremo tentativa de fazer partos naturais

O DIA
Ri0 - A Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro deve encaminhar, nesta quinta-feira, pedido ao Ministério Público do Rio e ao Conselho Regional de Medicina do Rio para investigar a morte de quatro bebês na Maternidade Municipal Amélia Buarque de Hollanda, no Centro, nas últimas duas semanas. Segundo a sociedade, a unidade é a que apresenta maior taxa de asfixia em bebês. Haveria 3,7 casos de sífilis neonatal para cada mil nascidos vivos: o aceitável pela Organização Mundial de Saúde é de um para mil.
Ontem, Carla Marins, que perdeu o bebê na última segunda, destruiu vidros e a recepção da maternidade com uma chave de roda. Ela foi ao local para buscar o prontuário do óbito, mas foi informada que o diretor da unidade tinha levado o documento para casa. “Assassinaram meu filho e não tinha ninguém para falar comigo. Perdi a cabeça”, declarou Carla, muito nervosa, na porta da 5ªDP, onde prestou queixa.






Carla e Marcelo, com a foto do bebê morto no parto, na Maternidade Municipal Amélia Buarque de Hollanda
Foto:  Ernesto Carriço / Agência O Dia

Segundo pais de outros recém-nascidos, que também estavam na 5ª DP, a maternidade insiste no parto normal ‘humanizado’. “ Minha esposa ficou 25 horas em trabalho de parto. Nós imploramos pela cesárea”, disse Felipe Martins. Ele é pai de Gabriela, falecida em março no mesmo local. “Aquilo lá é um açougue”, endossou Leonardo Freitas, pai de Isabela, morta em setembro. Segundo ele, médicos forçaram o parto por 16 horas, inclusive subindo em cima da barriga. “Alertamos que nosso primeiro filho nasceu de cesárea, pois ela não tinha passagem.”
A Secretaria Municipal de Saúde informou que está investigando o caso.
Prontuários cheios de erros
De acordo com pais que estavam na maternidade, a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, esteve na 5ª DP ontem e cobrou que a morte dos bebês seja apurada com rapidez. Eles também relataram erros nos prontuários médicos, também levados à delegacia.
No prontuário de Isabela, filha de Leonardo,os erros vinham desde a segunda linha: o sexo do bebê foi marcado como masculino. O nascimento de Gabriela, filha de Felipe, foi registrado como tendo acontecido dois dias antes, e o pai é dado como desconhecido.
Órgãos oficiais também discordaram. “O Instituto Médico Legal não concordou com o laudo que a maternidade deu para a morte da Marcela e fez mais exames”, indicou Felipe.


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Matéria do R7 - Tv Record


Em 9/10/2013 às 19h41)

Mães de bebês mortos denunciam descaso de maternidade no Rio

Por conta de complicações, partos chegaram a durar 30 horas
    Do R7
Mães denunciaram mortes de bebês em maternidade do RioReprodução Rede Record
Quatro crianças morreram durante o parto na maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda, no centro do Rio. Os pais das crianças denunciam o hospital por negligência. Em entrevista ao Balanço Geral RJ (assista ao vídeo abaixo), as mães disseram que em todos os casos a gravidez foi prolongada e os partos chegaram a durar até 30 horas. Os casos foram registrados na 5ª DP (Mem de Sá).
Na quarta-feira (2), Carla Marins da Silva, que estava na 40ª semana de gestação, deu entrada no hospital com contrações, mas foi liberada porque ainda não tinha dilatação suficiente para ter o filho. A mulher voltou para casa, porém não aguentou as dores e retornou ao hospital.
O parto normal durou 15 horas. O bebê foi direto para a UTI neonatal, mas, após três dias, não resistiu a complicações e morreu na segunda-feira (7). Os pais alegam que a gravidez foi perfeita e que a culpa pela morte foi do parto mal feito.
Esta foi a segunda morte de um recém-nascido em menos de uma semana naquela maternidade. A reportagem daRecord mostrou o drama de Michele da Silva, que também viu o filho morrer após realizar um parto normal complicado.
Segundo a mãe, o trabalho de parto durou 16 horas e, apesar dos apelos dela, os médicos demoraram a fazer uma cirurgia cesariana. Ela contou que quase não suportou as dores e que a equipe só optou pela operação quando o filho já estava com complicações.
Michele e o marido dizem que houve negligência por parte do hospital, que é ligado à rede municipal de saúde. Isabela nasceu com 54 cm e 3 kg, mas sem batimentos cardíacos. Ela foi reanimada e internada na UTI neonatal, mas, quatro dias depois, não resistiu a duas paradas cardíacas.
As mães dizem que a técnica utilizada pelos médicos é muito agressiva e ultrapassada. De acordo com Carla, os responsáveis pelo parto teriam se apoiado sobre a barriga dela para forçar a saída do bebê. Eles também teriam usado um aparelho para puxar a criança. Carla também disse que foi chamada de frouxa quando pediu para que os médicos fizessem uma cesariana, mas eles teriam dito que na unidade eles só realizavam parto normal.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde disse que “o Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda (HMMABH) realiza cerca de 450 internações obstétricas por mês, conta com excelente estrutura em termos de equipe clínica e equipamentos e apresenta indicadores de qualidade que vêm sendo reconhecidos pelo Ministério da Saúde e por instituições internacionais, como a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Dentre esses indicadores está a taxa de asfixia abaixo de 1,5% em bebês com peso ao nascer maior de 2,5kg”.
A secretaria também informou que “todos os óbitos materno-infantis são investigados por comissões, tanto na unidade onde o fato ocorreu quanto na Secretaria Municipal de Saúde”.
Sobre o caso de Carla, a secretaria disse que quando deu entrada, a paciente não estava em trabalho de parto, apesar do rompimento da bolsa. A secretaria informou que Carla “foi internada para acompanhamento com cardiotocografia para avaliação do bem-estar fetal, com padrão tranqüilizador. Apresentou evolução espontânea do trabalho de parto e, às 13h45 do dia 4 de outubro, ocorreu nascimento, de parto normal, que evoluiu com síndrome de aspiração meconial. O recém-nascido foi internado na UTI Neonatal, falecendo nesta segunda-feira, dia 7”.
A nota também ressalta que “a presença de mecônio (fezes do bebê) no líquido amniótico, segundo a literatura médica especializada, pode ocorrer em cerca de 10% do total de nascimentos e, por isso, a simples presença de mecônio, sem que haja frequência cardíaca fetal não tranquilizadora, não indica necessidade de cesariana. A síndrome de aspiração meconial é um quadro que pode ocorrer em até 20% dos partos com presença de mecônio no liquido amniótico (ou seja, 20% dos 10% dos nascimentos com a presença de mecônio)”.
Veja a entrevista:




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09/10/2013 10h27 - Atualizado em 09/10/2013 14h00

Bebês morrem e pais acusam 

 

hospital do Rio de demora em partos.

Pelo menos cinco bebês morreram em maternidade da Prefeitura.
Segundo pais, insistência por parto normal foi fatal para recém-nascidos.

Janaína CarvalhoDo G1 Rio
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Leonardo registrou ocorrência na delegacia no dia 3 (Foto: Janaína Carvalho / G1)Leonardo registrou ocorrência na delegacia no dia 3 (Foto: Janaína Carvalho / G1)
Inconformados com a perda dos filhos, pais de recém-nascidos na Maternidade Municipal do Maria Amélia Buarque de Hollanda, no Centro do Rio, resolveram procurar a polícia. Pelo menos cinco bebês morreram na unidade hospitalar nos últimos meses. Há relatos de mulheres que ficaram em trabalho de parto durante 25 horas. Segundo os familiares, a insistência do hospital em realizar o parto normal compromete a vida dos bebês e das mães.
Nesta terça (9), as donas de casa Mayara da Silva Rosa, de 20 anos, e Carla Marins, de 29, enterraram seus primeiros filhos no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador. "Se pudesse voltar no tempo, não teria ido para aquela maternidade. Eles mataram minha filha. Só no último momento eles fizeram a cesárea, mas minha filha já estava em sofrimento. Me explicaram que ela tinha engolido o próprio cocô", afirmou Mayara. De acordo com o hospital, a cesárea foi realizada após a constatação de líquido meconial espesso.
O Conselho Regional de Medicina (Cremerj) ressalta que o parto normal é a melhor alternativa, desde que seja preservada a saúde do bebê e da gestante. “O que a gente precisa ter é bom senso. Estão colocando a cesárea como grande vilã, quando, na verdade, ela salva vidas, salva mãe, salva feto. A gente não quer que se force um parto normal para manter o número dentro de uma maternidade”, explicou a obstetra e conselheira do Cremerj Vera Fonseca, destacando que a política do Governo municipal é a redução máxima do número de cesáreas na rede.
Em nota, a Prefeitura do Rio diz que o Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda é a unidade com o indicador mais próximo do que é preconizado pela Organização Mundial da Saúde, que são 20% de cesáreas. Segundo a nota, o índice considerado ideal de cesarianas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 15%, restringindo-se aos casos em que haja de fato indicação clínica para a cirurgia (veja a nota abaixo).

Edema cerebral
Para Leonardo Freitas de Moraes, pai da recém-nascida Isabela, que morreu quatro dias após o nascimento, a demora em realizar a cesariana provocou a morte da criança. “Na última hora fizeram uma cesárea de emergência. Na hora eu não sabia, mas depois descobri que o líquido verde pastoso que saiu era o mecônio. Foi isso que a minha filha aspirou e aconteceu isso tudo que aconteceu com ela”, afirmou Leonardo. De acordo com a família, uma ultrassonografia realizada na recém-nascida na UTI constatou que ela teve edema cerebral.
Como o bebê nasceu sem batimento cardíaco, foi necessário fazer a ressuscitação e durante quatro dias o recém-nascido ficou internado na UTI da maternidade. No dia 26 de setembro Isabela não resistiu e morreu no hospital. De acordo com o atestado de óbito, as causas da morte foram: falência de múltiplos órgãos, síndrome hipóxico, isquemia grave, sepse neonatal e síndrome de aspiração meconial.
Sete meses após a morte da filha, Janif ainda não conseguiu desfazer a bolsa da maternidade (Foto: Janaína Carvalho / G1)Sete meses após a morte da filha, Janif ainda não conseguiu desfazer a bolsa da maternidade (Foto: Janaína Carvalho / G1)

Drama parecido viveu Janif Cristine Costa do Nascimento, de 37 anos, em março deste ano. Ela ficou 26 horas em trabalho de parto até que o hospital optasse pela cesárea. “Ela não resistiu por causa da demora do parto e pelas fezes que o bebê ingeriu.  Ela (mãe) estava lá desde segunda-feira, não tinha necessidade de a criança passar por todo esse sofrimento”, afirmou o marido, Felipe dos Santos Martins, de 28 anos, ressaltando que Gabriela morreu cerca de 12 horas após o nascimento.
A morte de Gabriela e de Isabela foram registradas na 5ªDP (Mem de Sá) como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Nesta quarta-feira (9), Carla, Mayara e Ariane Katlei da Silva, de 18 anos, irão à delegacia registrar as mortes dos bebês. Ariane entrou em trabalho de parto no dia 28 de junho, foi levada para o Hospital Paulino Werneck, na Ilha do Governador, e transferida para a Maternidade Maria Amélia em seguida.
De acordo com ela, após quase 18 horas em trabalho de parto, a equipe médica resolveu realizar uma ultrassonografia, que constatou que o bebê estava morto. “Se eles não tivessem demorado tanto, minha filha estaria aqui comigo. Ela nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço”, lamenta a dona de casa, destacando que mesmo após a constatação da morte do bebê, a equipe médica continuou a induzir o parto normal.

No início da tarde desta quarta, a Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro (SGORJ) informou que vai encaminhar para o Ministério Público e para o Cremerj uma carta formal pedindo a investigação dos casos de mortes de bebês na unidade hospitalar.
O presidente da SGORJ, Marcelo Burlá, salienta que um trabalho de parto considerado normal dura de 8 a 12 horas e é progressivo. Ele obedece um partograma, que mostra como ele deve evoluir conforme as horas vão passando. Neste partograma constam as medidas estatísticas como a dilatação cervical, frequência cardíaca fetal, duração do trabalho de parto e sinais vitais. Segundo Burlá, se algo sai dessa curva de normalidade é preciso interferência, seja ela com instrumento, medicamento ou cirurgia.
A delegada Karina Regufe, responsável pelo caso, enviou um ofício à diretoria do hospital e outro à Secretaria Municipal de Saúde solicitando o nome e a matrícula de todos os profissionais que passaram pelos plantões.
Isabela ficou na UTI durante quatro dias (Foto: Janaína Carvalho / G1)Isabela ficou na UTI durante quatro dias    -     Foto: Janaína Carvalho / G1)







A universitária Carla Marins começou a passar mal na quinta-feira (2), mas chegou à maternidade e recebeu a informação de que deveria voltar para casa. O bebê nasceu às 13h45 de sexta-feira (3). "Subiram em cima de mim duas vezes para tentar empurrá-lo. Estou com a parte debaixo do peito toda dolorida até hoje. Meu filho foi assassinado brutalmente. Fui torturada durante o trabalho de parto naquela maternidade. Perdi o sentido várias vezes", lembra Carla.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, todos os óbitos materno-infantis são investigados por comissões, tanto na unidade onde o fato ocorreu quanto na secretaria (Confira a nota da Prefeitura a respeito de cada caso no final desta reportagem).

Durante as horas em que permaneceu internada, Janif afirma que houve um momento em chegou a implorar para que a cesárea fosse feita logo. “Quando uma enfermeira chegou no quarto e viu o líquido verde espalhado no lençol disse: ‘O bebê já fez fezes na sua barriga, a gente tem que te operar urgente’”. Segundo ela, após a notícia da perda da filha, a pediatra avisou que ela teria apenas 10 minutos caso quisesse ver a criança, pois esse é o tempo máximo que um corpo pode permanecer no local.
SUS enviou carta à Janif informando valor gasto em sua cesárea (Foto: Janaína Carvalho / G1)SUS enviou carta a Janif informando valor gasto em sua cesárea (Foto: Janaína Carvalho / G1)








               A família diz que resolveu procurar a delegacia para evitar que outros casos semelhantes aconteçam. “Para eles, o dinheiro vale mais que a vida humana. A desculpa que dão é que a cesárea sai muito cara para o governo e tem que ser só em último caso”, afirmou Felipe, destacando que meses depois da morte da criança, sua mulher recebeu uma carta do SUS informando o valor gasto em sua cesariana.

Para a delegada responsável pelos casos, é preciso respeitar a vontade da mulher independente de parâmetros e metas estabelecidas pelo governo. “Essa política de parto normal é um desrespeito à mulher. Ela precisa ter o direito de escolha. Além do que, a responsabilidade da Saúde é causar o menor sofrimento possível ao bebê e a mãe”, afirmou Regufe.

Veja a nota da Prefeitura do Rio:

"Sobre os casos citados, a direção do Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda esclarece que:

A paciente Michele Soares da Silva deu entrada na unidade no dia 20 de setembro, sendo internada para acompanhamento. Entrou em trabalho de parto no dia 22, com monitoração contínua da mãe e do bebê, que não apresentava sofrimento. A equipe médica decidiu realizar a cesárea ao constatar a presença de mecônio. O bebê ficou internado na UTI Neonatal, mas foi a óbito no dia 26.

Ariane Katlei da Silva foi admitida no HMMABH em 28 de junho, proveniente de outra unidade hospitalar, na qual não haviam sido detectados batimentos cardiofetais. Ultrassonografia confirmou que o feto já estava morto, com 39 semanas de gestação. A paciente foi internada para indução do parto e o feto natimorto apresentava uma infecção congênita.

Janif Cristine Costa do Nascimento foi internada na unidade em 11 de março, tendo sido iniciado acompanhamento com cardiotocografia para avaliação do bem-estar fetal, com padrão tranquilizador. Entrou em trabalho de parto no dia seguinte e em nenhum momento foram detectadas alterações na cardiotocografia. Os médicos decidiram realizar a cesárea ao constatar parada de progressão da dilatação. Às 08:21h do dia 13 ocorreu nascimento, que evoluiu com síndrome de aspiração meconial e subsequente óbito neonatal.
A direção do hospital esclarece que a paciente Mayara da Silva Rosa foi internada na noite da sexta-feira, dia 4, em trabalho de parto. Foi encaminhada para o Centro de Parto Normal e assistida pela equipe obstétrica, com avaliações periódicas da vitalidade fetal. A equipe médica decidiu realizar a cesárea ao constatar a presença de líquido meconial espesso. O bebê ficou internado na UTI Neonatal, mas foi a óbito no domingo, dia 6."
A paciente Carla Marins da Silva deu entrada na unidade na última sexta-feira, dia 4, após rompimento da bolsa, mas sem estar em trabalho de parto. Foi internada para acompanhamento com cardiotocografia para avaliação do bem-estar fetal, com padrão tranquilizador. Apresentou evolução espontânea do trabalho de parto e, às 13:45h do mesmo dia, ocorreu nascimento, de parto normal, que evoluiu com síndrome de aspiração meconial. O recém-nascido foi internado na UTI Neonatal, falecendo nesta segunda-feira, dia 7.

A violência da PM em 07/10/13, contra os manifestantes em solidariedade aos profissionais da educação, motivaram o cancelamento da reunião da comissão de propaganda da comissão de saúde do MUDI/AFIASERJ e FIP, sendo remarcada para o próximo sábado. Abaixo segue matéria do jornal O Dia eletrônico.

Sociólogos: Apoio dos professores aos Black Blocs é 'compreensível'

Paralisação iniciada em 8 de agosto foi mantida em decisão unânime dos cerca de cinco mil presentes em assembleia

O DIA
Rio - Numa decisão surpreendente e dividida, em assembleia realizada nesta quarta-feira, no Club Municipal, na Tijuca, profissionais da rede municipal de educação votaram pelo apoio à presença de black blocs em futuras manifestações da categoria. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) ainda prestou um agradecimento formal pelo apoio do grupo de mascarados nos últimos protestos e os eximiu de culpa nos confrontos com a polícia.
Cientistas políticos acham compreensível a posição dos professores. A PM disse que não vai se pronunciar sobre o assunto. A paralisação iniciada em 8 de agosto foi mantida em decisão unânime dos cerca de cinco mil presentes.
O Sepe anunciou que, em futuros atos públicos (há um marcado para esta quinta-feira), terá cuidado com a defesa de seus manifestantes. “Planejamos elaborar estratégias de identificação de infiltrados nos protestos para praticar arbitrariedades. Realizaremos o monitoramento de possíveis ações de vandalismo e, caso as identifiquemos, denunciaremos às autoridades, em carro de som, para que sejam retiradas do local”, explicou a coordenadora geral do Sepe, Marta Moraes. Segundo o sindicato, até agora os membros do grupo Black Bloc não protagonizaram ações de vandalismo nas manifestações.




Profissionais da educação seguraram cruzes e faixas em ato
Foto:  Fabio Gonçalves / Agência O Dia

“Os black blocs já protegeram profissionais da educação da truculência policial e prestaram primeiros socorros aos feridos em confrontos. Os conflitos sempre foram iniciados pela segurança pública. Eles e outros grupos que quiserem apoiar as manifestações (que continuarão a ser organizadas pelo Sepe), de forma pacífica, serão bem-vindos”, disse Alex Trentino, um dos líderes do sindicato.
Os esforços do Sepe serão voltados agora para a retomada das negociações com o governo municipal. O prefeito Eduardo Paes anunciou o fim do diálogo com os grevistas na última terça-feira, por considerar impossível chegar a um consenso com a categoria. O Sepe pretende recorrer da decisão na Justiça, se necessário. Ao fim da votação, professores realizaram um ato pacífico em frente à sede da prefeitura, contra o Plano de Cargos, Carreira e Salários aprovado na última terça-feira. A próxima assembleia será realizada na terça-feira, às 14h, em local ainda indefinido. Profissionais da rede estadual de ensino também fizeram manifestação em frente à Alerj.
COSTIN FICA
Outro ponto que dividia opiniões de grevistas era o pedido de destituição da secretária Cláudia Costin, que também foi votado. O grito de “Fora Costin” está fora da pauta de reivindicações. “O prefeito deu a entender que impomos a saída da secretária para voltar a negociar. Nunca exigimos isso. Mas peço para que ele realize consulta popular sobre a atuação dela”, disse Alex.
Sociólogos associam apoio a mascarados à violência da PM
Para o sociólogo e cientista político Paulo Baía, o apoio dos professores à presença dos black blocs é compreensível. “Nas primeiras manifestações, os professores apanharam brutalmente da polícia. Os black blocs se tornaram anteparo entre manifestantes e policiais”, justifica.




Professores municipais decidiram manter a greve
Foto:  Fabio Gonçalves / Agência O Dia

O professor Carlos Vainer (UFRJ) afirma que é errado comparar o movimento dos professores às ações dos black blocs. “A repressão brutal de uma polícia antidemocrática, violenta e despreparada permite entender que professores se sintam solidários ao grupo”, avalia.
Além da suspensão do Plano de Cargos e Carreiras (que só contempla profissionais com 40 h de dedicação semanal e prevê polivalência e meritocracia), os profissionais de educação mantêm pleitos pedagógicos. “Pedimos redução do número de alunos por turma, climatização das salas e dedicação de um terço da carga horária para planejamento das aulas”, disse a coordenadora do Sepe, Ivonete da Silva.
Chefe da Polícia Civil vai usar lei que é motivo de polêmica
No contragolpe ao quebra-quebra promovido durante manifestações, a Polícia Civil garante que usará a Lei de Organização Criminosa para prender pessoas que cometam atos de vandalismo em conjunto. No entanto, a interpretação desta nova regra gera polêmica.
“Na segunda-feira, vimos crimes como incêndio, posse de artefato explosivo e furto qualificado. Se um grupo de quatro pessoas fosse detido nestas configurações poderia ser indiciado, ainda, por organização criminosa, já que o vínculo entre eles agora pode não ser permanente ou ser informal”, explicou a chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha.
Houve confronto nos arredores da Câmara Municipal
Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia
Para juristas e promotor de Justiça, o entendimento da polícia vai na contramão da Lei. “Para os vândalos, cabe o crime de associação criminosa. Pena de 1 a 3 anos, mas tem que provar associação estável do grupo”, disse o criminalista Luiz Flávio Gomes.
O entendimento ganha eco na opinião do presidente da Comissão de Estudos de Direito Penal da OAB-RJ, Paulo Freitas. “Para a comprovação do crime não basta eles agirem juntos na manifestação”, alerta. O promotor Paulo Roberto Mello Cunha Júnior defende que é preciso investigação. “Precisamos de provas produzidas pela polícia para denunciar os responsáveis”, afirmou.
Relatório sobre violação de direitos humanos é entregue à ministra
A Justiça Global, a Comissão de Direitos Humanos da Alerj, o Instituto de Defesa dos Direitos Humanos e o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação se reuniram ontem com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, e com membros do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana. O grupo relatou situações que classificaram como de uso desproporcional da força policial nas manifestações do Rio.
Eles apresentaram casos de uso de arma letal, “uso abusivo e indiscriminado” de arma menos letal e detenções consideradas arbitrárias, além de acusarem infiltração de policiais. Rosário se reuniu com o o secretário de Segurança Pública José Mariano Beltrame, para tratar do conteúdo do relatório e pedir menos violência da PM.
Reportagem: Gabriel Sabóia

sábado, 5 de outubro de 2013

Hospital Universitário trata 1,9 mil com lábio leporino

LINK:http://portalcorreio.uol.com.br/noticias/saude/hospitais/2013/10/04/NWS,230145,42,297,NOTICIAS,2190-HOSPITAL-UNIVERSITARIO-TRATA-MIL-LABIO-LEPORINO.aspx


Hospital Universitário trata 1,9 mil com lábio leporino

Fundação Solidariedade apoia ‘Dia do Sorriso’ promovido por hospital; PB teria 6 mil com anomalia
Saúde | Em 04/10/13 às 09h01, atualizado em 04/10/13 às 09h03 | Por Correio da Paraíba/ Bárbara Wanderley
Saúde | Em 04/10/13 às 09h01, atualizado em 04/10/13 às 09h03 | Por Correio da Paraíba/ Bárbara Wanderley
Reprodução/Internet
Hospital Universitário
Uma em cada 650 crianças nasce com fissura labiopalatal. Levando essa estatística em consideração, é possível calcular que quase 6 mil paraibanos possuem a anomalia congênita, também conhecida como lábio leporino. A principal característica da anomalia é a abertura vertical no lábio superior. Em alguns casos, a fissura abrange também o palato, região que separa a cavidade oral e a nasal, o conhecido ‘céu da boca’.
As consequências vão além da estética. A condição pode acarretar desnutrição causada pela dificuldade de alimentação, problemas na fala e problemas na dentição. Na Paraíba, o HU oferece o tratamento através do SUS, desde 1991. Desde então, foram beneficiados 1.900 pacientes.
O médico Paulo Germano Furtado, coordenador do Serviço de Fissuras Labiopalatinas do HU em João Pessoa, disse que alguns pacientes atendidos ainda estão em acompanhamento. O tratamento é longo, começa a partir dos três meses de idade, e só termina por volta dos 16, podendo se estender até a idade adulta. “Aos três meses fazemos a primeira cirurgia no lábio, com um ano faz a cirurgia do palato. Aos 15 ou 16 anos se faz a correção do nariz, que geralmente fica torto, e vemos também se há necessidade de próteses dentárias, porque às vezes não nascem todos os dentes nesses pacientes”.
Para a dentista Rosa Helena Wanderley, especialista nesse tipo de tratamento, um dos maiores problemas das pessoas que vêm do interior é a falta de uma casa de apoio para acolhimento durante o tratamento, que pode iniciar aos três meses e se estender até os 15 anos. “Durante esse período, o paciente realiza algumas cirurgias e é importante ter apoio em João Pessoa, o que não existe, e do gestor de seu município”, esclareceu a dentista.
A ocorrência de lábio leporino não tem explicação, mas de acordo com Paulo Germano, um fator importante é a genética. Ele afirmou que em mais de 30% dos casos a criança já tem histórico familiar do problema. Os pilares do tratamento são a cirurgia, ortodontia e fonoaudiologia, mas o acompanhamento de assistentes sociais e psicólogos também é importante. “É uma coisa que mexe com a autoestima da pessoa e da família”.
Paulo Germano informou que a maior parte dos pacientes recebidos no hospital é do interior, e muitos são de famílias pobres. A preocupação maior nesses casos é com a desnutrição dos recém-nascidos. “Em alguns casos a criança não consegue mamar porque, com a fenda, não há sucção. Quando a família não tem condições financeiras de comprar o leite adequado, o bebê começa a apresentar desnutrição, e pode vir a óbito”, explicou o médico.
Solidariedade
O Instituto de Fissura Labiopalatal da Paraíba promoveu, na manhã de ontem, no Ginásio de Atividades Integrativas da UFPB, em João Pessoa, uma festa em comemoração ao Dia das Crianças e ao Smile Day (Dia do Sorriso), que é comemorado hoje. A festa para os pacientes incluiu atrações musicais, distribuição de brindes e apresentação do Grupo Palhasus. A festa teve apoio da Fundação Solidariedade, do Sistema Correio.
Tratamento
Dois dos quatro filhos da dona de casa Luciana Galvão nasceram com lábio leporino. Ana Clara Alves, de 13 anos, e Samuel Lucas dos Santos, de cinco anos, estão passando por tratamento. Segundo Luciana, a filha é vaidosa, gosta de se arrumar, e reclama da aparência que tem devido ao problema. “Ela disse que estão fazendo bullying com ela na escola, mas eu falo que não tem nada de errado com ela”, contou a mãe.
Para Paula Nascimento, de nove anos, insegurança com a aparência não existe. Sua mãe, Patrícia Nascimento, contou que a menina é desinibida, gosta de conversar com as pessoas e tirar fotos. “Quando alguém fala que o nariz dela é torto ela diz ‘O seu também é’”, contou a mãe. Paula já passou por três cirurgias: aos cinco meses, três anos e seis anos. Ela ainda deverá fazer a cirurgia plástica no nariz quando atingir 18 anos.