quinta-feira, 10 de outubro de 2013

MORTES DE BEBÊS NA MATERNIDADE MUNICIPAL AMÉLIA BUARQUE DE HOLANDA. CADÊ A MATERNIDADE PRAÇA XV? CABRAL A DESATIVOU EM MAIS UMA NEGOCIATA COM O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, QUE USARÁ O ESPAÇO PARA EXPANDIR SEU CENTRO ADMINISTRATIVO DO COMPLEXO JUDICIÁRIO DA PRAÇA XV! QUE VERGONHA! É UM RETROCESSO SOCIAL! FORA CABRAL E JUDICIÁRIO INJUSTO QUE VANDALIZAM OS HOSPITAIS PÚBLICOS! CADÊ O HOSPITAL IASERJ? ELES , ESTES PODRES PODERES TAMBÉM VANDALIZARAM ESTE HOSPITAL E AINDA ASSASSINARAM 15 OU MAIS PACIENTES! NÃO A ESTAS IMPUNIDADES!

O QUE AS MATÉRIAS ABAIXO NÃO DIZEM:

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNESNet )

http://cnes.datasus.gov.br/Mod_Profissional.asp?VCo_Unidade=3304557027397), o SMSDC RIO MATERNIDADE MARIA AMELIA BUARQUE DE HOLLANDA possui 544 registros de funcionários, todos autônomos, com vínculo empregatício intermediado por Organização Social). O INSTITUTO SAS é uma associação civil, sem fins econômicos, tem como finalidade o desenvolvimento de ações, programas e projetos nas áreas da saúde, assistência social, cultura, esportes, educação e meio ambiente conforme prevê seu estatuto social. Nos últimos anos, o Instituto SAS vem se especializando em atividades voltadas para área da saúde, através da gestão de unidades de saúde. O Instituto SAS qualificado como Organização Social - OS para Saúde, em diversos Estados e Municípios, possui Termo de Convênio nº 095/2008 SMS-G e termo aditivo nº 01/2009 e 02/2010, Contrato de Gestão nº 22/ 2009 - NTCSS-SMS-G e termo aditivo nº 01/2009 e 02/2009, com a Prefeitura de São Paulo; Termos de Convenio nº 12/2011, 80/2011 e 81/2011 e Contrato de Gestão nº 004/2012 e 010/2012, com a Prefeitura do Rio de Janeiro; Contrato de Gestão nº 01/2011 e Termo aditivo 01 e 02, com a Prefeitura de Araçariguama; Contrato de Gestão nº 59/2011 e Termo aditivo 01, com a Prefeitura de Vargem Grande Paulista; Contrato de Gestão nº 001/2012 e Termo aditivo 01 e 02 com a Prefeitura de Americana; Contrato de Gestão nº 01/2012 com o Estado de Santa Catarina. As Atividades desenvolvidas pelo Instituto SAS estão atreladas a metas e prazos descritos nos Contratos de Gestão e Termos de Convênio, sendo os recursos destinados ao custeio das atividades providos pelas Prefeituras. A OS está envolvida em crimes de desvio de verbas, do Hospital Regional de Araranguá – SC. Em Americana (SP), o Instituto SAS foi qualificado para gerenciamento das quatro unidades de pronto-atendimento do município - PAI Zanaga, PAI Mathiensen, PAI Gramado e PA São José -, do Núcleo de Especialidades e das UBSs (unidades básicas de saúde) Gramado, Mathiensen e São José. O tempo de contrato é de três anos, mediante o repasse de R$ 25 milhões anuais. O Ministério Público de São Paulo, através do Gaeco, investiga irregularidade em vários contratos.

Colaboração da informação acima de Cláudia Barcellos, pelo Forum de Saúde, do qual o MUDI participa. 

Mortes em série de bebês em maternidade no Centro do Rio

Hospital é acusado de levar ao extremo tentativa de fazer partos naturais

O DIA
Ri0 - A Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro deve encaminhar, nesta quinta-feira, pedido ao Ministério Público do Rio e ao Conselho Regional de Medicina do Rio para investigar a morte de quatro bebês na Maternidade Municipal Amélia Buarque de Hollanda, no Centro, nas últimas duas semanas. Segundo a sociedade, a unidade é a que apresenta maior taxa de asfixia em bebês. Haveria 3,7 casos de sífilis neonatal para cada mil nascidos vivos: o aceitável pela Organização Mundial de Saúde é de um para mil.
Ontem, Carla Marins, que perdeu o bebê na última segunda, destruiu vidros e a recepção da maternidade com uma chave de roda. Ela foi ao local para buscar o prontuário do óbito, mas foi informada que o diretor da unidade tinha levado o documento para casa. “Assassinaram meu filho e não tinha ninguém para falar comigo. Perdi a cabeça”, declarou Carla, muito nervosa, na porta da 5ªDP, onde prestou queixa.






Carla e Marcelo, com a foto do bebê morto no parto, na Maternidade Municipal Amélia Buarque de Hollanda
Foto:  Ernesto Carriço / Agência O Dia

Segundo pais de outros recém-nascidos, que também estavam na 5ª DP, a maternidade insiste no parto normal ‘humanizado’. “ Minha esposa ficou 25 horas em trabalho de parto. Nós imploramos pela cesárea”, disse Felipe Martins. Ele é pai de Gabriela, falecida em março no mesmo local. “Aquilo lá é um açougue”, endossou Leonardo Freitas, pai de Isabela, morta em setembro. Segundo ele, médicos forçaram o parto por 16 horas, inclusive subindo em cima da barriga. “Alertamos que nosso primeiro filho nasceu de cesárea, pois ela não tinha passagem.”
A Secretaria Municipal de Saúde informou que está investigando o caso.
Prontuários cheios de erros
De acordo com pais que estavam na maternidade, a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, esteve na 5ª DP ontem e cobrou que a morte dos bebês seja apurada com rapidez. Eles também relataram erros nos prontuários médicos, também levados à delegacia.
No prontuário de Isabela, filha de Leonardo,os erros vinham desde a segunda linha: o sexo do bebê foi marcado como masculino. O nascimento de Gabriela, filha de Felipe, foi registrado como tendo acontecido dois dias antes, e o pai é dado como desconhecido.
Órgãos oficiais também discordaram. “O Instituto Médico Legal não concordou com o laudo que a maternidade deu para a morte da Marcela e fez mais exames”, indicou Felipe.


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Matéria do R7 - Tv Record


Em 9/10/2013 às 19h41)

Mães de bebês mortos denunciam descaso de maternidade no Rio

Por conta de complicações, partos chegaram a durar 30 horas
    Do R7
Mães denunciaram mortes de bebês em maternidade do RioReprodução Rede Record
Quatro crianças morreram durante o parto na maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda, no centro do Rio. Os pais das crianças denunciam o hospital por negligência. Em entrevista ao Balanço Geral RJ (assista ao vídeo abaixo), as mães disseram que em todos os casos a gravidez foi prolongada e os partos chegaram a durar até 30 horas. Os casos foram registrados na 5ª DP (Mem de Sá).
Na quarta-feira (2), Carla Marins da Silva, que estava na 40ª semana de gestação, deu entrada no hospital com contrações, mas foi liberada porque ainda não tinha dilatação suficiente para ter o filho. A mulher voltou para casa, porém não aguentou as dores e retornou ao hospital.
O parto normal durou 15 horas. O bebê foi direto para a UTI neonatal, mas, após três dias, não resistiu a complicações e morreu na segunda-feira (7). Os pais alegam que a gravidez foi perfeita e que a culpa pela morte foi do parto mal feito.
Esta foi a segunda morte de um recém-nascido em menos de uma semana naquela maternidade. A reportagem daRecord mostrou o drama de Michele da Silva, que também viu o filho morrer após realizar um parto normal complicado.
Segundo a mãe, o trabalho de parto durou 16 horas e, apesar dos apelos dela, os médicos demoraram a fazer uma cirurgia cesariana. Ela contou que quase não suportou as dores e que a equipe só optou pela operação quando o filho já estava com complicações.
Michele e o marido dizem que houve negligência por parte do hospital, que é ligado à rede municipal de saúde. Isabela nasceu com 54 cm e 3 kg, mas sem batimentos cardíacos. Ela foi reanimada e internada na UTI neonatal, mas, quatro dias depois, não resistiu a duas paradas cardíacas.
As mães dizem que a técnica utilizada pelos médicos é muito agressiva e ultrapassada. De acordo com Carla, os responsáveis pelo parto teriam se apoiado sobre a barriga dela para forçar a saída do bebê. Eles também teriam usado um aparelho para puxar a criança. Carla também disse que foi chamada de frouxa quando pediu para que os médicos fizessem uma cesariana, mas eles teriam dito que na unidade eles só realizavam parto normal.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde disse que “o Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda (HMMABH) realiza cerca de 450 internações obstétricas por mês, conta com excelente estrutura em termos de equipe clínica e equipamentos e apresenta indicadores de qualidade que vêm sendo reconhecidos pelo Ministério da Saúde e por instituições internacionais, como a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Dentre esses indicadores está a taxa de asfixia abaixo de 1,5% em bebês com peso ao nascer maior de 2,5kg”.
A secretaria também informou que “todos os óbitos materno-infantis são investigados por comissões, tanto na unidade onde o fato ocorreu quanto na Secretaria Municipal de Saúde”.
Sobre o caso de Carla, a secretaria disse que quando deu entrada, a paciente não estava em trabalho de parto, apesar do rompimento da bolsa. A secretaria informou que Carla “foi internada para acompanhamento com cardiotocografia para avaliação do bem-estar fetal, com padrão tranqüilizador. Apresentou evolução espontânea do trabalho de parto e, às 13h45 do dia 4 de outubro, ocorreu nascimento, de parto normal, que evoluiu com síndrome de aspiração meconial. O recém-nascido foi internado na UTI Neonatal, falecendo nesta segunda-feira, dia 7”.
A nota também ressalta que “a presença de mecônio (fezes do bebê) no líquido amniótico, segundo a literatura médica especializada, pode ocorrer em cerca de 10% do total de nascimentos e, por isso, a simples presença de mecônio, sem que haja frequência cardíaca fetal não tranquilizadora, não indica necessidade de cesariana. A síndrome de aspiração meconial é um quadro que pode ocorrer em até 20% dos partos com presença de mecônio no liquido amniótico (ou seja, 20% dos 10% dos nascimentos com a presença de mecônio)”.
Veja a entrevista:




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09/10/2013 10h27 - Atualizado em 09/10/2013 14h00

Bebês morrem e pais acusam 

 

hospital do Rio de demora em partos.

Pelo menos cinco bebês morreram em maternidade da Prefeitura.
Segundo pais, insistência por parto normal foi fatal para recém-nascidos.

Janaína CarvalhoDo G1 Rio
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Leonardo registrou ocorrência na delegacia no dia 3 (Foto: Janaína Carvalho / G1)Leonardo registrou ocorrência na delegacia no dia 3 (Foto: Janaína Carvalho / G1)
Inconformados com a perda dos filhos, pais de recém-nascidos na Maternidade Municipal do Maria Amélia Buarque de Hollanda, no Centro do Rio, resolveram procurar a polícia. Pelo menos cinco bebês morreram na unidade hospitalar nos últimos meses. Há relatos de mulheres que ficaram em trabalho de parto durante 25 horas. Segundo os familiares, a insistência do hospital em realizar o parto normal compromete a vida dos bebês e das mães.
Nesta terça (9), as donas de casa Mayara da Silva Rosa, de 20 anos, e Carla Marins, de 29, enterraram seus primeiros filhos no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador. "Se pudesse voltar no tempo, não teria ido para aquela maternidade. Eles mataram minha filha. Só no último momento eles fizeram a cesárea, mas minha filha já estava em sofrimento. Me explicaram que ela tinha engolido o próprio cocô", afirmou Mayara. De acordo com o hospital, a cesárea foi realizada após a constatação de líquido meconial espesso.
O Conselho Regional de Medicina (Cremerj) ressalta que o parto normal é a melhor alternativa, desde que seja preservada a saúde do bebê e da gestante. “O que a gente precisa ter é bom senso. Estão colocando a cesárea como grande vilã, quando, na verdade, ela salva vidas, salva mãe, salva feto. A gente não quer que se force um parto normal para manter o número dentro de uma maternidade”, explicou a obstetra e conselheira do Cremerj Vera Fonseca, destacando que a política do Governo municipal é a redução máxima do número de cesáreas na rede.
Em nota, a Prefeitura do Rio diz que o Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda é a unidade com o indicador mais próximo do que é preconizado pela Organização Mundial da Saúde, que são 20% de cesáreas. Segundo a nota, o índice considerado ideal de cesarianas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 15%, restringindo-se aos casos em que haja de fato indicação clínica para a cirurgia (veja a nota abaixo).

Edema cerebral
Para Leonardo Freitas de Moraes, pai da recém-nascida Isabela, que morreu quatro dias após o nascimento, a demora em realizar a cesariana provocou a morte da criança. “Na última hora fizeram uma cesárea de emergência. Na hora eu não sabia, mas depois descobri que o líquido verde pastoso que saiu era o mecônio. Foi isso que a minha filha aspirou e aconteceu isso tudo que aconteceu com ela”, afirmou Leonardo. De acordo com a família, uma ultrassonografia realizada na recém-nascida na UTI constatou que ela teve edema cerebral.
Como o bebê nasceu sem batimento cardíaco, foi necessário fazer a ressuscitação e durante quatro dias o recém-nascido ficou internado na UTI da maternidade. No dia 26 de setembro Isabela não resistiu e morreu no hospital. De acordo com o atestado de óbito, as causas da morte foram: falência de múltiplos órgãos, síndrome hipóxico, isquemia grave, sepse neonatal e síndrome de aspiração meconial.
Sete meses após a morte da filha, Janif ainda não conseguiu desfazer a bolsa da maternidade (Foto: Janaína Carvalho / G1)Sete meses após a morte da filha, Janif ainda não conseguiu desfazer a bolsa da maternidade (Foto: Janaína Carvalho / G1)

Drama parecido viveu Janif Cristine Costa do Nascimento, de 37 anos, em março deste ano. Ela ficou 26 horas em trabalho de parto até que o hospital optasse pela cesárea. “Ela não resistiu por causa da demora do parto e pelas fezes que o bebê ingeriu.  Ela (mãe) estava lá desde segunda-feira, não tinha necessidade de a criança passar por todo esse sofrimento”, afirmou o marido, Felipe dos Santos Martins, de 28 anos, ressaltando que Gabriela morreu cerca de 12 horas após o nascimento.
A morte de Gabriela e de Isabela foram registradas na 5ªDP (Mem de Sá) como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Nesta quarta-feira (9), Carla, Mayara e Ariane Katlei da Silva, de 18 anos, irão à delegacia registrar as mortes dos bebês. Ariane entrou em trabalho de parto no dia 28 de junho, foi levada para o Hospital Paulino Werneck, na Ilha do Governador, e transferida para a Maternidade Maria Amélia em seguida.
De acordo com ela, após quase 18 horas em trabalho de parto, a equipe médica resolveu realizar uma ultrassonografia, que constatou que o bebê estava morto. “Se eles não tivessem demorado tanto, minha filha estaria aqui comigo. Ela nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço”, lamenta a dona de casa, destacando que mesmo após a constatação da morte do bebê, a equipe médica continuou a induzir o parto normal.

No início da tarde desta quarta, a Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro (SGORJ) informou que vai encaminhar para o Ministério Público e para o Cremerj uma carta formal pedindo a investigação dos casos de mortes de bebês na unidade hospitalar.
O presidente da SGORJ, Marcelo Burlá, salienta que um trabalho de parto considerado normal dura de 8 a 12 horas e é progressivo. Ele obedece um partograma, que mostra como ele deve evoluir conforme as horas vão passando. Neste partograma constam as medidas estatísticas como a dilatação cervical, frequência cardíaca fetal, duração do trabalho de parto e sinais vitais. Segundo Burlá, se algo sai dessa curva de normalidade é preciso interferência, seja ela com instrumento, medicamento ou cirurgia.
A delegada Karina Regufe, responsável pelo caso, enviou um ofício à diretoria do hospital e outro à Secretaria Municipal de Saúde solicitando o nome e a matrícula de todos os profissionais que passaram pelos plantões.
Isabela ficou na UTI durante quatro dias (Foto: Janaína Carvalho / G1)Isabela ficou na UTI durante quatro dias    -     Foto: Janaína Carvalho / G1)







A universitária Carla Marins começou a passar mal na quinta-feira (2), mas chegou à maternidade e recebeu a informação de que deveria voltar para casa. O bebê nasceu às 13h45 de sexta-feira (3). "Subiram em cima de mim duas vezes para tentar empurrá-lo. Estou com a parte debaixo do peito toda dolorida até hoje. Meu filho foi assassinado brutalmente. Fui torturada durante o trabalho de parto naquela maternidade. Perdi o sentido várias vezes", lembra Carla.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, todos os óbitos materno-infantis são investigados por comissões, tanto na unidade onde o fato ocorreu quanto na secretaria (Confira a nota da Prefeitura a respeito de cada caso no final desta reportagem).

Durante as horas em que permaneceu internada, Janif afirma que houve um momento em chegou a implorar para que a cesárea fosse feita logo. “Quando uma enfermeira chegou no quarto e viu o líquido verde espalhado no lençol disse: ‘O bebê já fez fezes na sua barriga, a gente tem que te operar urgente’”. Segundo ela, após a notícia da perda da filha, a pediatra avisou que ela teria apenas 10 minutos caso quisesse ver a criança, pois esse é o tempo máximo que um corpo pode permanecer no local.
SUS enviou carta à Janif informando valor gasto em sua cesárea (Foto: Janaína Carvalho / G1)SUS enviou carta a Janif informando valor gasto em sua cesárea (Foto: Janaína Carvalho / G1)








               A família diz que resolveu procurar a delegacia para evitar que outros casos semelhantes aconteçam. “Para eles, o dinheiro vale mais que a vida humana. A desculpa que dão é que a cesárea sai muito cara para o governo e tem que ser só em último caso”, afirmou Felipe, destacando que meses depois da morte da criança, sua mulher recebeu uma carta do SUS informando o valor gasto em sua cesariana.

Para a delegada responsável pelos casos, é preciso respeitar a vontade da mulher independente de parâmetros e metas estabelecidas pelo governo. “Essa política de parto normal é um desrespeito à mulher. Ela precisa ter o direito de escolha. Além do que, a responsabilidade da Saúde é causar o menor sofrimento possível ao bebê e a mãe”, afirmou Regufe.

Veja a nota da Prefeitura do Rio:

"Sobre os casos citados, a direção do Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda esclarece que:

A paciente Michele Soares da Silva deu entrada na unidade no dia 20 de setembro, sendo internada para acompanhamento. Entrou em trabalho de parto no dia 22, com monitoração contínua da mãe e do bebê, que não apresentava sofrimento. A equipe médica decidiu realizar a cesárea ao constatar a presença de mecônio. O bebê ficou internado na UTI Neonatal, mas foi a óbito no dia 26.

Ariane Katlei da Silva foi admitida no HMMABH em 28 de junho, proveniente de outra unidade hospitalar, na qual não haviam sido detectados batimentos cardiofetais. Ultrassonografia confirmou que o feto já estava morto, com 39 semanas de gestação. A paciente foi internada para indução do parto e o feto natimorto apresentava uma infecção congênita.

Janif Cristine Costa do Nascimento foi internada na unidade em 11 de março, tendo sido iniciado acompanhamento com cardiotocografia para avaliação do bem-estar fetal, com padrão tranquilizador. Entrou em trabalho de parto no dia seguinte e em nenhum momento foram detectadas alterações na cardiotocografia. Os médicos decidiram realizar a cesárea ao constatar parada de progressão da dilatação. Às 08:21h do dia 13 ocorreu nascimento, que evoluiu com síndrome de aspiração meconial e subsequente óbito neonatal.
A direção do hospital esclarece que a paciente Mayara da Silva Rosa foi internada na noite da sexta-feira, dia 4, em trabalho de parto. Foi encaminhada para o Centro de Parto Normal e assistida pela equipe obstétrica, com avaliações periódicas da vitalidade fetal. A equipe médica decidiu realizar a cesárea ao constatar a presença de líquido meconial espesso. O bebê ficou internado na UTI Neonatal, mas foi a óbito no domingo, dia 6."
A paciente Carla Marins da Silva deu entrada na unidade na última sexta-feira, dia 4, após rompimento da bolsa, mas sem estar em trabalho de parto. Foi internada para acompanhamento com cardiotocografia para avaliação do bem-estar fetal, com padrão tranquilizador. Apresentou evolução espontânea do trabalho de parto e, às 13:45h do mesmo dia, ocorreu nascimento, de parto normal, que evoluiu com síndrome de aspiração meconial. O recém-nascido foi internado na UTI Neonatal, falecendo nesta segunda-feira, dia 7.

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