sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Educação Popular - Portadores de doenças crônicas respiratórias precisam dominar a técnica de desinfecção do nebulizador de ar para ter uma melhor qualidade de vida em seu tratamento. Falta educação popular para orientar o usuário (a) na sua desinfecção.

Matéria abaixo tirada do link:  http://www.acontecenoticias.com.br/default.asp?site_Acao=MostraPagina&paginaId=1772&mNoti_Acao=mostraNoticia&noticiaId=591



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Perigo: não deixe seu inalador virar um foco de contaminação

Medidas como higienização diária e cuidados com a medicação são essenciais para garantir a segurança do tratamento

Os nebulizadores, ou inaladores, como são chamados popularmente, são dispositivos que auxiliam no tratamento de doenças respiratórias graves, como a asma e a fibrose cística. Também são utilizados em problemas respiratórios eventuais e que não exigem uso contínuo, entre eles as gripes, resfriados e pneumonias. A principal vantagem na sua utilização é a administração de medicamentos diretamente nos pulmões, além da fluidificação das secreções.

“No inalador, também é possível associar vários medicamentos, com efeitos e funções diferentes. Além disso, podemos aumentar ou diminuir suas doses, conforme o paciente e o caso”, ressalta o dr. José Eduardo Delfini Cançado, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).

A despeito de muito comuns na rotina de pacientes com distúrbios respiratórios, pouco se fala do risco de contaminação por falta de higiene inadequada. Até mesmo os fabricantes não incluem no manual de instruções as orientações para desinfecção. Vale registrar que a higienização adequada não interfere na eficácia do aparelho. Além da solução medicamentosa, a máscara e o copo reservatório são consideráveis fontes de contaminação quando não realizada a limpeza ideal. Aliás, são autênticas portas de entrada para uma doença respiratória.

Uma das bactérias que pode se instalar no inalador é o Pseudomonas aeruginosa, responsável por infecções respiratórias e pneumonias. Chega a contaminar 35% dos nebulizadores de portadores de fibrose cística.

Os dados dos usuários freqüentes reforçam a preocupação: apenas 15% dos pacientes crônicos, portadores de fibrose cística, utilizam rotineiramente alguma técnica de desinfecção de seus nebulizadores. Já entre os asmáticos, somente 62,5% deles limpam seus aparelhos e acessórios diariamente.

“A ação do nebulizador é transformar o medicamento em pequenas partículas e possibilitar a sua penetração nos pulmões. Se não houver uma higienização correta, fungos e bactérias podem acompanhar a medicação. Então, o que deveria servir de aliado no tratamento pode virar um grande vilão”, alerta dra. Maria Helena Bussamra, pneumologista pediátrica da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).

ELIMINANDO A SUJEIRA

Não há um padrão na higienização, mas existem consensos médicos sobre a melhor forma de limpar. Antes de manusear o equipamento e a medicação é preciso lavar bem as mãos. Logo após, deve-se lavar com sabão neutro e secar bem. Como o nebulizador é de material plástico e permanece em ambiente úmido – é preciso água para seu uso -, a dica é lavar com água sanitária na concentração de 0,05%, de acordo com as normas do Ministério da Saúde, o que oferece desinfecção, eliminação de fungos e de bactérias.

“Recomendamos ligar o jato de ar antes de guardar o nebulizador para que o sistema fique bem enxuto. Uma dica importante: tanto o uso contínuo quanto a utilização em prazo curto exigem limpeza diária. Na utilização contínua, vale frisar, o certo é ter dois nebulizadores e usar de forma alternada, fazendo a higienização sempre no fim do dia. Além disso, o nebulizador não deve ser compartilhado com ninguém”.

PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO PARA A POPULAÇÃO AMENIZAM O PROBLEMA

De acordo com a especialista, projetos educativos são medidas baratas e eficazes para que os pacientes portadores de doenças crônicas tenham habilidade técnica no uso e higiene do nebulizador, com possível impacto na evolução da doença e na qualidade de vida.

COMO PREPARAR A SOLUÇÃO PARA DESINFECÇÃO DO NEBULIZADOR

- 25ml de hipoclorito 2% (água sanitária comercializada)
- 975ml de água fervida
Esta solução se mantém estável por 6 horas – hipoclorito 0,05%


Desinfecção
  1. Lavar o copo de nebulização e a máscara com água e detergente neutro
  2. Secar
  3. Imersão na solução de hipoclorito por 30 minutos
  4. Não enxaguar
  5. Secar com pano limpo ou naturalmente
A extensão do sistema, que liga o copo ao compressor, pode ser limpa com álcool 70%. Recomenda-se montar o circuito e ligar o compressor de ar para secar o sistema antes de guardá-lo.





quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Isso ainda é muito pouco pelo desvio de conduta deste Senhor Sérgio Côrtes, ainda queremos apuração da barbárie realizada com o Hospital IASERJ e a morte de 15 pacientes. Com certeza ele não esá sozinho nestes maus feitos.

Matéria retirada do Jornal EXTRA de 18/12/13.

Sérgio Côrtes é condenado por desviar verba da saúde para propaganda

Sérgio Côrtes: verbas destinadas à saúde foram para propaganda 


Foto: Fábio Guimarães / Extra


Flávia Junqueira e Guilherme Amado



O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, e o subsecretário de Comunicação Social, Ricardo Luiz Rocha Cota, foram condenados no último dia 5 pela Justiça do Rio por terem aplicado em propaganda verbas destinadas à saúde. Também este mês, Côrtes sofreu outro revés: uma auditoria do Ministério da Saúde concluiu que ele é o “responsável direto” pela assinatura de um contrato superfaturado para o fornecimento de refeições para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), em 2006, quando Côrtes dirigia a instituição. Ontem, após ser procurado pelo EXTRA, o secretário negou as acusações e anunciou que deixará o governo Cabral no próximo dia 31 de dezembro. Planeja mudar-se para os Estados Unidos, para estudar na Universidade Harvard, em Boston.

Sérgio Côrtes foi diretor do Into de 2002 até 2006 Foto: Marcelo Carnaval / 02.05.2003 / Extra

No primeiro caso, Côrtes e Cota foram condenados como réus solidários, em uma ação popular movida contra o governo do estado pelo presidente do Sindicato dos Médicos do Rio, Jorge Darze, por lesarem os cofres estaduais e “a vida e a saúde dos cidadãos do Estado do Rio”.

Em 2009, foram publicadas no Diário Oficial duas resoluções conjuntas que transferiram um total de R$ 10.157.500 do Fundo Estadual de Saúde para a Subsecretaria de Comunicação Social da Casa Civil.

A sentença da juíza da 8ª Vara de Fazenda Pública, Simone Lopes da Costa, anula as duas resoluções e determina que o governo do estado devolva o dinheiro da Subsecretaria de Comunicação Social para a Secretaria de Saúde, acrescido de 1% ao mês e correção monetária.

OUTRA MATÉRIA JORNAL EXTRA/O GLOBO:


Sérgio Côrtes vai sair do governo para estudar

Fábio Teixeira - O Globo

RIO - O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, deixará  o cargo no próximo dia 31. Ele irá estudar na Universidade de Harvard, informou o colunista do GLOBO Ancelmo Gois. No seu lugar ficará o atual diretor do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), Marcos Musafir, que assumiu o cargo em janeiro deste ano. Musafir também é funcionário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde atua como pesquisador e médico do Hospital Federal Clementino Fraga Filho.

Côrtes, que era secretário desde dezembro de 2006, foi envolvido no episódio polêmico envolvendo uma foto em que aparece com um guardanapo na cabeça ao lado do empresário Fernando Cavendish, ex-dono da construtora Delta. A empresa foi alvo de operação da Polícia Federal. Em 2006, a construtora, acusada de financiar empresas fantasmas, venceu licitação para reformar o prédio do Into, do qual Côrtes era diretor.

No governo, o secretário ficou conhecido por dar início ao projeto das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Em 2010, chegou a ser cotado pela presidente Dilma Rousseff para assumir o Ministério da Saúde. 

 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O VENENO ESTÁ NA MESA!

Saiba o que tem na sua comida e sobreviva se for capaz

publicado em 2 de outubro de 2013 às 19:33

Meio Ambiente| 02/10/2013 | Copyleft
Alimentação: a tecnologia mórbida
Henry Kissinger, figura famosa na política mundial, dizia que quem domina a comida domina as pessoas. Não incluíram no pacote as doenças crônicas resultantes do tipo de comida difundida pelo mundo como algo “moderno”, como o hambúrguer e o refrigerante cola – diabetes em adultos, cardiovasculares, câncer e hipertensão, apenas para citar as campeãs nas estatísticas. A OMS informa que 2,8 milhões de pessoas morrem em consequências de doenças associadas ao sobrepeso. E outras 2,2 milhões morrem por intoxicações alimentares.
Por Najar Tubino, na Carta Maior
Porto Alegre – A indústria da alimentação deverá faturar em 2014 US$5,9 trilhões, segundo estimativa da agência britânica dedicada à pesquisa sobre consumo e marcas – The Future Laboratory.
O mercado global de snacks (bolinhos, biscoitos, salgadinhos) deverá movimentar US$334 bilhões.
As vendas de chocolates e confeitos vão faturar US$170 bilhões.
O Brasil consumiu em 2012, 11,3 bilhões de litros de coca-cola, empresa que faturou US$48,02 bilhões, e lucrou US$ 9 bilhões.
Na pesquisa do IBGE comparando 2002-2003 com 2008-2009, o consumo anual de arroz das famílias caiu 40,5% — de 24,5kg para 14,6kg — e o de feijão caiu 26,4% — de 12,4 para 9,1kg.
Os refrigerantes do tipo cola cresceram 39,3% de 9,l litros para 12,7 litros.
No Brasil, 48,5% da população está acima do peso, são 94 milhões de pessoas.
Entre as crianças de 5 a 9 anos o aumento da obesidade multiplicou por quatro nos meninos (de 4,1% para 16,6%) e por cinco entra as meninas – de 2,4% para 11,8%.
Uma em cada 10 crianças abaixo dos seis anos já apresenta sobrepeso.
Nos Estados Unidos 35,7% da população, ou seja, mais de 135 milhões de pessoas são obesas, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) – 17% são jovens.
No mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde o número já atinge 1,5 bilhão de pessoas.
Na China, o índice de obesidade duplicou nos últimos 15 anos, na Índia subiu 20%.
No Brasil, segundo um estudo da Universidade de Brasília, o SUS paga R$488 milhões por ano para tratar doenças ligadas ao aumento do peso.
Moderno doentio


As causas citadas para explicar esta tragédia humana estão associadas à mudança tecnológica, ao estilo de vida das metrópoles, aos hábitos sedentários, a questão prática da vida atual, não deixa tempo para cozinhar, comer em casa, entre outras tantas.
É óbvio que a alimentação está no centro desse problema, que há muito tempo deixou de ter uma abordagem cultural, e precisa ser encarado como uma mudança social, política e econômica.
Henry Kissinger, figura famosa na política mundial, dizia que quem domina a comida domina as pessoas.
Não incluíram no pacote as doenças crônicas resultantes do tipo de comida difundida pelo mundo como algo “moderno”, como o hambúrguer e o refrigerante cola – diabetes em adultos, cardiovasculares, câncer e hipertensão, apenas para citar as campeãs nas estatísticas.
A OMS informa que 2,8 milhões de pessoas morrem em consequências de doenças associadas ao sobrepeso.
E outras 2,2 milhões morrem por intoxicações alimentares, resultante de contaminações de vírus, bactérias, micro-organismos patogênicos e resíduos químicos.
Neste capítulo específico a história é longa.
Um dossiê da Autoridade de Segurança Alimentar e Econômica, de Portugal, usando os dados da União Europeia, contabiliza 100 mil compostos químicos usados correntemente no mundo.
Na União Europeia eles registram 30 mil, produzidos a uma média de uma tonelada por ano, sendo que a metade tem potenciais efeitos adversos à saúde.
“Poucos foram estudados em profundidade suficiente de modo a permitir as estimativas de riscos potenciais de exposição, sobretudo aos seus efeitos de longo prazo, quanto à toxicidade ao nível da reprodução ou do sistema imunológico ou ação carcinogênica” [diz o relatório].
A contaminação pode ocorrer no solo, durante o plantio, no tratamento da planta, depois na colheita e armazenagem, também dos processos industriais, da queima de substâncias que se transformam e pela incorporação de contaminantes e aditivos em alimentos:

“- A prevalência de doenças ou a morte prematura causada por químicos presentes nos alimentos é difícil de demonstrar, devido ao período de tempo, geralmente longo, que decorre entre a exposição a estes agentes e o aparecimento dos efeitos”, registra o documento.
Mentira consistente

O problema é que a comida moderna, saborosa, suculenta, cheirosa vendida pela publicidade no mundo inteiro é uma mentira.
Todos os aspectos citados, incluindo ainda a cor, o tempo de vida na prateleira, a viscosidade, o brilho, o sabor adocicado, ou então o salgadinho bem sequinho, todos são resultado da aplicação de uma lista quase interminável de aditivos químicos.
Inclusive registrada internacionalmente por códigos numerados e divulgada pelo Codex Alimentarius, da ONU.
Por exemplo, o conservante nitrito de sódio é o E-250 e o adoçante artificial acessulfamo-K é o E-950.
Antes de avançar no assunto, um alerta da ONU sobre o uso de componentes químicos na vida moderna:

“O sistema endócrino regula a liberação de certos hormônios que são essenciais para as funções como crescimento, metabolismo e desenvolvimento. Os CDAs, desreguladores endócrinos, podem alterar essas funções aumentando o risco de efeitos advesos à saúde. Os CDAs podem entrar no meio ambiente através de descargas industriais e urbanas, escoamento agrícola e da queima e liberação de resíduos. Alguns CDAs ocorrem naturalmente, enquanto as variedades sintéticas podem ser encontradas em agrotóxicos, produtos eletrônicos, produtos de higiene pessoal e cosméticos. Eles também podem ser encontrados como aditivos ou contaminantes em alimentos”.
O alerta das Nações Unidas é no sentido de realizar “urgentemente” novas pesquisas para avaliar o impacto dos também chamados disruptores endócrinos.
Ocorre que alguns químicos sintéticos espalhados mundialmente têm uma estrutura molecular parecida com os hormônios naturais, como o estrógeno e a testosterona.
Os hormônios funcionam como mensageiros da herança genética, e os químicos interferem nesse processo, alterando o conteúdo da mensagem.
Em 1996, um grupo de pesquisadores norte-americanos – Theo Colborn, Diane Dumanoski e John Peterson Myers – lançou o livro “O Futuro Roubado”, tratando dessa temática, com um apêndice na edição brasileira de José Lutzenberger.
No Brasil o livro foi lançado em 2002.
Prático e barato

O problema é que a indústria se interessa por custo/benefício. Os aditivos dão consistência aos alimentos, não deixam a mostarda e a maionese virar uma gororoba, a carne e os produtos curados, como salsichas, mortadela, salames, perderam a cor vermelho-rosada.
Os sorvetes não ficam com espuma, as sopas e caldos tem um cheiro maravilhoso.
Fiquei enjoado de tanto ler sobre aditivos químicos nos últimos tempos. O mais impressionante, dos mais de 40 trabalhos que repassei, é a declaração da supervisora de marketing, da Química Anastácio (SP), para a revista Química e Derivados:

“O nitrito de sódio é o principal aditivo usado em produtos cárneos, é o agente conservante de todos os produtos curados, promove a coloração vermelho-rosada nas curas e nos crus e o róseo avermelhado nos cozidos, além do sabor característico. Realmente esses produtos são considerados carcinogênicos, porém os grandes frigoríficos os utilizam pelo fato de não ter substituto no mercado. Mas devem ser usados com responsabilidade, respeitando os limites máximos de 0,015g por 100g e 0,03g por 100g, nos casos do nitrito e nitrato de sódio”, disse Alessandra Fernandes Guerra.
A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (PROTESTE) tem trabalhos que mostram a capacidade dos nitritos e nitratos de sódio de reagir com certas substâncias presentes nos alimentos, que são as aminas, e se transformam em nitrosaminas, potencialmente cancerígenas.
Danos cerebrais
Uma pesquisa de Sandrine Estella Peeters, da COPPE-UFRJ aborda o tema de como os aditivos químicos afetam a saúde.
Hiperatividade em crianças, citado como consequência de corantes em alimentos, além de dor de cabeça crônica.
Urticária, erupção da pele, câncer em animais, além de riscos de longo prazo de causar danos cerebrais. Este é o caso do glutamato de sódio, muito conhecido nos temperos, mas é utilizado em mais de cinco mil produtos.
Considerado como um agente capaz de produzir efeito neurotóxico. Em outra pesquisa, da Universidade Cândido Mendes, Roseane Menezes Debatin, tese de mestrado, comenta o seguinte sobre o glutamato de sódio:

“É um sal composto de uma molécula de ácido glutâmico ligada ao sódio. Tem um sabor adocicado, é um grande estimulante do paladar, suprimindo os gostos desagradáveis, levando a uma maior consumo de produtos industrializados. Usado em caldos, biscoitos, snacks, miojos, batata frita. O ácido glutâmico está envolvido na ativação de uma série de sistemas cerebrais, concernentes à percepção sensorial, memória, habilidade motora e orientação no tempo e espaço. Existem vários trabalhos científicos comprovando a neurotoxicidade do glutamato, principalmente na região do hipotálamo e no sistema ventricular”.
Nos Estados Unidos, o glutamato foi retirado dos alimentos infantis em 1969. A Ajinomoto maior indústria do ramo — 107 fábricas em 23 países — que comercializa o produto informa que o consumo no mundo cresce 5% anualmente.
Lista interminável

Os antioxidantes, usados na conservação, interferem no metabolismo, produzem aumento de cálculos renais, ação tóxica sobre o fígado e reações alérgicas, conforme a pesquisa da COPPE.
Os conservantes, como o ácido benzoico, um dos mais usados, produzem irritação da mucosa digestiva, outros produzem irritações nas células que revestem a bexiga, podendo atuar na formação de tumores vesicais.
As gorduras hidrogenadas provocam o risco de doenças cardiovasculares e obesidades. E os adoçantes artificiais, substitutos do açúcar, estão relacionados com a diabete, obesidade e o aumento de triglicerídeos (gordura na corrente sanguínea).
Sobre os adoçantes, o professor e doutor em ciência de alimentos da Unicamp, Edson Creddio, comenta o seguinte:

“Os adoçantes são medicamentos que devem ser usados por pessoas com diabetes e hipoglicemia e não por todas as pessoas, inclusive crianças, como se fossem totalmente isentos de risco. Esta substância é vista pelo público leigo como panaceia passada pela mídia com a imagem que levará o usuário a ter um corpo perfeito”.
Os adoçantes artificiais mais usados são a sacarina, que é 500 vezes mais potente que o açúcar, o aspartame, como diz o professor, que é 150 a 200 vezes mais doce, além do ciclamato e o acessulfamo-k, também muito mais doce que o açúcar.
Estão presentes nos refrigerantes, bebidas isotônicas, sucos preparados, e demais industrializados.
Sódio em demasia

Fiz uma relação com 14 grupos de aditivos mais usados nos alimentos consumidos atualmente. Os conservantes aumentam o prazo de validade, os estabilizantes mantêm as emulsões homogêneas vamos dizer, os corantes acentuam e intensificam a cor natural para melhorar a aparência e fazer o consumidor acreditar que está levando algo novíssimo.
Os antioxidantes evitam a decomposição, os espessantes dão consistência ao alimento e os emulsificantes aumentam a viscosidade do produto.
Os agentes quelantes protegem os alimentos de muitas reações enzimáticas e os flavorizantes tem o papel de realçar o odor e o sabor dos alimentos.
Já os edulcorantes são usados em substituição ao açúcar e os acidulantes utilizados para acentuar o sabor azedinho do alimento.
Os humectantes mantêm a umidade e a maciez, os clarificantes retiram a turbidez, os agentes de brilho mantém a aparência brilhante e os polifosfatos são usados para reter a água, no caso dos congelados, como o frango e nos produtos curados.
No Brasil, a ANVISA desde 2011 negocia com a indústria de alimentos para diminuir a quantidade de sódio dos alimentos industrializados.
Não há nem meta nem prazo para chegar a um nível aceitável.
Numa pesquisa realizada em 2011, com 496 produtos das regiões nordeste, sudeste e sul foram encontradas entre produtos de diferentes empresas quantidades 10 vezes maiores nos queijos tipo minas frescal, parmesão e ricota.
No entanto, as menores diferenças na quantidade usada de sódio entre os mesmos produtos de diferentes empresas chegaram a 40% no caso das mortadelas, macarrão instantâneo e bebidas lácteas.
O teor de sódio mais elevado foi registrado no queijo parmesão inteiro e ralado, macarrão instantâneo, mortadela, maionese e biscoito de polvilho.
Informa a ANVISA: o sódio é um constituinte do sal, equivalente a 40% da sua composição, sendo um nutriente de preocupação para a saúde pública, que está diretamente relacionado ao desenvolvimento de doenças como hipertensão, cardiovasculares e renais.
Na tabela de informação nutricional dos alimentos, que deve estar no rótulo, consta a quantidade de sódio. Para ser isento não pode ter mais de 5mg por 100g de alimento.
Se tiver 40mg na mesma proporção é muito baixo e 120mg é considerado baixo.
Na pesquisa da ANVISA o teor médio de sódio do macarrão instantâneo foi de 1.798mg por 100g, da mortadela foi de 1.303mg por 100g e o da maionese 1.096mg por 100g.
Leia também:
Dr. Rosinha: Ruralistas vencem batalha para colocar mais veneno na mesa

DENÚNCIA: NOSSA SAÚDE EM RISCO MAIOR EM NOME DE MAIS LUCRO AGRONEGÓCIO.REPASSEM ESTA DENÚNCIA! NÃO AO AGROTÓXICO EM NOSSO ALIMENTO!

Fonte: Sítio viomundo   http://www.viomundo.com.br/denuncias/bancada-ruralist.html

Agronegócio quer comissão de fachada para facilitar novos agrotóxicos

publicado em 9 de dezembro de 2013 às 17:16

por José Coutinho Júnior, Página do MST
O governo brasileiro pretende criar uma comissão técnica para analisar e registrar novos agrotóxicos. A medida ocorre por pressão dos setores do agronegócio, principalmente das grandes empresas que lucram com a venda desses produtos no país e da bancada ruralista.

Atualmente, a avaliação de agrotóxicos ocorre em conjunto: o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) avalia a eficiência agronômica do produto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os efeitos à saúde humana e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), os impactos ambientais.

A tentativa de criar uma comissão única, segundo Luiz Cláudio Meirelles, ex-diretor da Anvisa – demitido da instituição após denunciar um esquema de fraude -, é antiga.

“Quando cheguei à Anvisa já existia uma pressão muito grande em criar uma comissão única que fizesse as avaliações toxicológicas, contratando para isso laboratórios privados e retirando o papel do Estado. É uma forma de enfraquecer a legislação do país sobre agrotóxicos, que gera uma série de incômodos às empresas”.

O principal argumento utilizado pelo setor para a criação da comissão é a morosidade da Anvisa. No entanto, esse discurso não leva em conta o sucateamento da Anvisa e seus poucos técnicos: há apenas 20 funcionários contratados para dar conta do registro e da fiscalização dos agrotóxicos.

Para efeito de comparação, a agência que realiza o mesmo trabalho nos Estados Unidos, segundo maior consumidor de agrotóxicos no mundo, tem cerca de 700 funcionários.

Nova Comissão

Segundo o jornal Valor Econômico, duas propostas foram apresentadas no Congresso para a criação de uma comissão. Uma foi encaminhada pelas empresas do setor, que sugere a criação da CTNAgro, com 13 membros e subordinada à Casa Civil.

A outra, encaminhada pela bancada ruralista, sugere a criação da CTNFito, composta por 16 membros e com um prazo de até 90 dias – após a data da entrega do processo pelas empresas – para se posicionar em relação à aprovação ou não do registro de um determinado agrotóxico.

Ao retirar a responsabilidade da Anvisa e Ibama, essas comissões podem abrir brechas para a aprovação de produtos que comprovadamente causam mal à saúde, levando em conta apenas o lucro das empresas que produzem e vendem agrotóxicos.

“Ao lidar com substâncias perigosas, o Estado tem que estar presente o tempo todo, não é algo que você possa dizer que é autoregulável ou deixar nas mãos de terceiros”, pondera Luiz.

Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag), o mercado brasileiro de agrotóxicos movimentou US$ 9,7 bilhões em 2012 no Brasil.

As vendas desses produtos aumentaram mais de 72% entre 2006 e 2012 – de 480,1 mil para 826,7 mil toneladas país. Somos o país que mais consome agrotóxicos no mundo: cerca de 20% de todo consumo mundial de venenos é despejado na nossa agricultura.

“O grande interesse por trás dessas comissões é o lucro, que é capitalizado e o prejuízo, socializado. Estamos falando do maior mercado de agrotóxicos do mundo, e quem já lucra quer ganhar mais. Essas empresas faturam bilhões de dólares, tem a capacidade de influenciar governos, e tem tentáculos no Judiciário e no Legislativo”, ressalta Fernando Carneiro, representante da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

Apenas fachada

A estrutura de ambas as comissões a serem criadas se assemelham muito à CTNBio, a atual comissão responsável pela liberação de produtos transgênicos. Por esse motivo, há a preocupação de que uma nova comissão sirva apenas a interesses particulares.
“A CTNBio nunca negou um pedido de registro de patente de semente transgênica, o que é um absurdo, pois temos relatos de outros países sobre o perigo de contaminação genética que a liberação de transgênicos pode causar”, afirma Cléber Folgado, da Campanha Nacional contra os Agrotóxicos e pela Vida.

Os impactos na saúde da população brasileira por conta do uso de agrotóxicos já são sentidos. Dados da Anvisa mostram que a cada dólar gasto com o uso de agrotóxicos, outros US$ 1,28 são gastos no Sistema Único de Saúde (SUS) com o atendimento de trabalhadores intoxicados.

Além disso, cerca de 30% dos alimentos consumidos pelos brasileiros apresentam resíduos de agrotóxicos acima dos limites permitidos ou não registrados no país. Cerca de outros 40% apresentam resíduos dentro dos limites permitidos – o que, segundo a Anvisa, não significa que sejam seguros para consumo.

As vitórias da Bancada Ruralista

Nos últimos anos, a bancada ruralista vem obtendo diversas vitórias para os grandes produtores e empresas do agronegócio no congresso, em detrimento dos direitos dos camponeses, povos originários e da sociedade como um todo.

Só para citar alguns exemplos, pode-se destacar a aprovação do Novo Código Florestal, a rediscussão do conceito de trabalho escravo, o sucateamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Especialistas na área apontam o fortalecimento desse setor na opção do governo em apostar no agronegócio como modelo de desenvolvimento. Prova disso são os investimentos públicos em 2013. Enquanto a parcela destinada ao agronegócio girou em torno de R$ 154 bilhões, a agricultura familiar recebeu apenas R$ 24 bilhões.

Folgado relembra outro ponto que explica essa movimentação forte da bancada, “já que grande parte desses políticos tem suas campanhas financiadas por empresas nacionais, transnacionais e fazendeiros”.
Para ele, esses parlamentares são “fantoches para fortalecer o agronegócio, e infelizmente com consentimento do governo. Percebemos que a presidenta Dilma tem optado por favorecer esses setores em detrimento dos problemas que podem ocorrer”, critica.

Um exemplo dessa escolha do governo é a Medida Provisória 619/2013, que dá ao Ministério da Agricultura o poder de declarar estado de emergência em áreas com pragas e, à revelia da Anvisa e Ibama, importar, produzir, distribuir e comercializar agrotóxicos não registrados ou até mesmo proibidos no país.
A medida foi criada para permitir a utilização do benzoato de emamectina para o controle da lagarta Helicoverpa armigera. Segundo o próprio MAPA, a população dessa lagarta explodiu como consequência da difusão das lavouras transgênicas Bt, que produzem toxinas com o objetivo de matar as lagartas que delas se alimentam.

Para Fernando, essa medida mostra o efeito que a criação de uma comissão única pode ter no Brasil. “A Anvisa havia solicitado para que esse produto não fosse liberado, por ser neurotóxico em pequenas, médias ou altas doses. No entanto, temos um produto pulverizado por todo o país que pode causar malformações”, observa.

Nesse sentido, Fernando aponta o perigo de vermos, daqui uma ou duas décadas, malformações de toda a ordem por conta desses produtos liberados. “Teremos casos similares ao ocorrido no Vietnã, quando os americanos jogaram diversos produtos químicos na população, e as crianças nascem até hoje com problemas. No Brasil isso vai começar a acontecer”.

Como frear esse processo?

Fernando acredita que a única maneira de frear esse processo é o diálogo entre as organizações e movimentos sociais com a sociedade, mostrando os perigos que uma comissão como a CTNAgro podem causar.

“Temos que discutir o que acontece na base da sociedade. Por exemplo, não chega à sociedade a informação de que o Brasil tem liberado venenos sem a correta avaliação, já que a mídia também tem o agronegócio como um grande financiador. Outra questão é pressionar o Estado para que ele cumpra a constituição e proteja a saúde e o meio ambiente”, diz.

Folgado completa ao dizer que não podemos ficar apenas no denuncismo. “Temos que visibilizar à sociedade as experiências já existentes de alternativas ao agronegócio. Temos experiências de produção agroecologica, com alimentos saudáveis, a baixo custo, mas a sociedade não conhece”.

Ele ainda explica que há dois modelos em disputa no campo brasileiro, “e por isso a sociedade e movimentos devem se organizar para ampliar essa luta, somando-se aos trabalhadores da cidade. Os problemas existentes hoje no campo, não são mais só dos camponeses e agricultores familiares, eles dizem respeito ao conjunto da sociedade” afirma.

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domingo, 8 de dezembro de 2013

E PORQUE HOJE É DIA DA JUSTIÇA, OU DA INJUSTIÇA, ENTÃO CADÊ AS VIGAS DA PERIMETRAL E OS MÓVEIS E EQUIPAMENTOS DE NOSSO HOSPITAL?

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  1. Detetive - Vigas da Perimetral

    Quem roubou as vigas da Perimetral? Desvende o mistério neste jogo não-autorizado. http://rjnarua.org http://rafucko.com
    CABRAL, CADÊ O MOBILIÁRIO E OS EQUIPAMENTOS DE NOSSO HOSPITAL????  QUEREMOS JUSTIÇA , AS VIGAS E O HOSPITAL IASERJ DE VOLTA!