MATÉRIA DO LINK: http://www.50emais.com.br/videos/holocausto-brasileiro-60-mil-mortes-no-hospicio/
Assista também ao documentário denúncia sobre o mesmo tema, "Em nome da razão • Um filme sobre os porões da loucura (Doc)" no link https://www.youtube.com/watch?v=lh6FzeyRvYY
Abaixo segue matéria sobre o livro de Daniela Arbex:
Colônia de Barbacena, em Minas Gerais: crueldade além das palavras
Neste livro-reportagem fundamental, a premiada jornalista Daniela
Arbex resgata do esquecimento um dos capítulos mais macabros da nossa
história: a barbárie e a desumanidade praticadas, durante a maior parte
do século XX, no maior hospício do Brasil, conhecido por Colônia,
situado na cidade mineira de Barbacena. Ao fazê-lo, a autora traz à luz
um genocídio cometido, sistematicamente, pelo Estado brasileiro, com a
conivência de médicos, funcionários e também da população, pois nenhuma
violação dos direitos humanos mais básicos se sustenta por tanto tempo
sem a omissão da sociedade.
Veja 20 flagrantes da vida neste verdadeiro campo de concentração:
Pelo menos 60 mil pessoas morreram entre os muros da Colônia. Em sua
maioria, haviam sido internadas à força. Cerca de 70% não tinham
diagnóstico de doença mental. Eram epiléticos, alcoólatras,
homossexuais, prostitutas, gente que se rebelava ou que se tornara
incômoda para alguém com mais poder. Eram meninas grávidas violentadas
por seus patrões, esposas confinadas para que o marido pudesse morar com
a amante, filhas de fazendeiros que perderam a virgindade antes do
casamento, homens e mulheres que haviam extraviado seus documentos.
Alguns eram apenas tímidos. Pelo menos 33 eram crianças.
Quando chegavam ao hospício, suas cabeças eram raspadas, suas roupas
arrancadas e seus nomes descartados pelos funcionários, que os
rebatizavam. Daniela Arbex devolve nome, história e identidade aos
pacientes, verdadeiros sobreviventes de um holocausto, como Maria de
Jesus, internada porque se sentia triste, ou Antônio Gomes da Silva, sem
diagnóstico, que, dos 34 anos de internação, ficou mudo durante 21 anos
porque ninguém se lembrou de perguntar se ele falava. Os pacientes da
Colônia às vezes comiam ratos, bebiam água do esgoto ou urina, dormiam
sobre capim, eram espancados e violados.
Nas noites geladas da Serra da Mantiqueira, eram deixados ao relento,
nus ou cobertos apenas por trapos. Pelo menos 30 bebês foram roubados
de suas mães. As pacientes conseguiam proteger sua gravidez passando
fezes sobre a barriga para não serem tocadas. Mas, logo depois do parto,
os bebês eram tirados de seus braços e doados. Alguns morriam de frio,
fome e doença. Morriam também de choque. Às vezes os eletrochoques eram
tantos e tão fortes, que a sobrecarga derrubava a rede do município. Nos
períodos de maior lotação, 16 pessoas morriam a cada dia. Ao morrer,
davam lucro. Entre 1969 e 1980, 1.853 corpos de pacientes do manicômio
foram vendidos para 17 faculdades de medicina do país, sem que ninguém
questionasse. Quando houve excesso de cadáveres e o mercado encolheu, os
corpos foram decompostos em ácido, no pátio da Colônia, diante dos
pacientes, para que as ossadas pudessem ser comercializadas. Nada se
perdia, exceto a vida.
No início dos anos 60, depois de conhecer a Colônia, o fotógrafo Luiz
Alfredo, da revista O Cruzeiro, desabafou com o chefe: “Aquilo é um
assassinato em massa”. Em 1979, o psiquiatra italiano Franco Basaglia,
pioneiro da luta pelo fim dos manicômios que também visitou a Colônia,
declarou numa coletiva de imprensa: “Estive hoje num campo de
concentração nazista. Em lugar nenhum do mundo, presenciei uma tragédia
como essa”. Fonte: Folha.
Um
hospital psiquiátrico na Guatemala foi descrito por ativistas como a
instituição médica mais perigosa do mundo. Ex-pacientes dizem que eles
foram abusados sexualmente enquanto sedados, e o próprio diretor admite –
filmado por uma câmera escondida da BBC – que seus pacientes ainda são
abusados.
Por todo o lado, corpos imóveis deitados no chão de
concreto do pátio sob o sol ardente. Os pacientes parecem estar
altamente sedados. Os cabelos foram raspados e eles usam trapos como
roupas e nada nos pés.
Outros estão totalmente nus, expondo a
sujeira, causada às vezes pelas próprias fezes e urina. Eles se parecem
mais com prisioneiros de campos de concentração do que com pacientes.
O
Hospital Federico Mora tem cerca de 340 pacientes, incluindo 50
criminosos violentos e com problemas mentais. Mas, segundo o diretor do
hospital, Romeo Minera, apenas uma minoria tem problemas graves –
impressionantes 74% chegaram precisando apenas de um pouco de atenção e
cuidados e deveriam ter ficado na comunidade.
Minera acredita que a
equipe da BBC pertence a um grupo de caridade, oferecendo ajuda para a
instituição. Jornalistas não são bem-vindos – o disfarce foi a única
maneira de ter acesso ao hospital, condenado por grupos de direitos
humanos.
Leia também: 'Eles choravam, eu os confortava'; veja relato do psiquiatra que tratava talebãs
Desespero
Andar
em uma das alas é como entrar em um inferno. Aqui, mais pacientes em
trapos sentados no chão e em cadeiras de plástico, balançando-se em
busca de conforto.
Não parece haver nenhum esforço de estímulo nesse espaço amplo e seguro.
Os pacientes vêm até nós, desesperados por contato humano. Um homem me agarra e implora para que seja levado do hospital.
Um
enfermeiro diz que dois ou três profissionais são responsáveis por 60 a
70 pacientes. Outros dizem que a única maneira de lidar com eles é
sedando-os.
Enquanto meu tradutor distrai o diretor, eu ando pelos
quartos localizados em um corredor longo e escuro. Aqui, há mais
pacientes deitados em camas de metal quebradas e enferrujadas.
Eles
parecem sedados demais para andar até o banheiro. Há poças de urina nos
colchões, e as roupas de alguns dos pacientes estão coberta pelas
próprias fezes. O mau cheiro domina o ambiente – e eu tento, com todas
as forças, controlar a náusea.
Em resposta à investigação da BBC, o
governo da Guatemala disse que o hospital "usa a menor dose de
sedativos como recomendado pela Organização Mundial de Saúde" e defendeu
as condições do hospital.
"Há enfermeiros treinados para atender
às necessidades dos pacientes, inclusive para mantê-los limpos e
vestidos, e uma equipe de manutenção para manter o ambiente limpo".
Leia também: Pesquisador se descobre 'psicopata' ao analisar o próprio cérebro
Abusos
Mas este não é o fim do horror.
Durante a filmagem secreta, o diretor faz uma confissão surpreendente –
os guardas abusam sexualmente dos pacientes. O hospital, diz ele, é um
lugar "onde tudo pode acontecer".
Dois ex-pacientes contam terem
sido estuprados no Federico Mora. Eles afirmam que os perpetradores
também eram da equipe médica, além dos guardas.
Uma paciente diz que foi abusada sexualmente por um enfermeiro enquanto dormia. Ela tinha apenas 17 anos e era virgem.
"Eu
não estava ciente disso já que eu estava sedada. Só percebi que tinha
perdido minha virgindade no dia seguinte. Eu sangrava pelas pernas,
então descobri que o que tinha acontecido naquela noite é que um
enfermeiro tinha entrado e me estuprado", diz.
Este
era o terceiro dia dela no hospital. Depois de duas semanas, seus
gritos de socorro fizeram com que sua família a tirasse do local. "Você
nunca se esquece de uma experiência como essa", diz ela, entre lágrimas.
Ricardo,
outro ex-paciente, diz que foi estuprado durante os três anos que
passou no Federico Mora. Ele só foi libertado depois de uma batalha
judicial, alegando ter sido diagnosticado erroneamente com
esquizofrenia.
"Eles se aproveitavam das pacientes do sexo
feminino, quando elas estavam sedadas", diz Ricardo. "Os agentes da
polícia, os pacientes e os enfermeiros – e alguns médicos também. Eles
separavam as meninas mais bonitas para si durante à noite".
'O mais terrível'
O grupo americano defensor dos
direitos de deficientes Disability Rights International (DRI) passou
três anos recolhendo provas sobre o Federico Mora. Em um relatório
publicado em 2012, o grupo descreveu o hospital como "a instalação mais
perigosa que nossos investigadores já viram em qualquer lugar nas
Américas".
O DRI disse que "qualquer pessoa com ou sem deficiência
internada neste hospital enfrenta risco imediato para a vida, saúde e
integridade pessoal, além de risco de tratamento desumano e degradante
ou tortura".
O relatório explica que pacientes tiveram cuidados
médicos negados, foram expostos a doenças e infecções graves e
contagiosas e, agravado pelo abuso sexual "generalizado", estavam em
risco de contrair HIV.
Numa visita, o grupo conseguiu filmar uma
paciente explicando que ela havia sofrido abuso sexual em seu primeiro
dia no hospital, enquanto estava amarrada em uma parede.
"Eu
também vi pacientes mantidos em isolamento. Havia um homem literalmente
tentando escalar para sair de uma cela de isolamento. Ele estava em cima
do muro tentando desesperadamente sair. E pessoas ficam presas nessas
cela durante horas ou dias", disse o fundador da DRI, Eric Rosenthal,
que descreveu o local como o "mais terrível" já visitado por ele.
Na minha visita ao hospital, vi um dos quartos de isolamento usados para pacientes violentos demais para serem contidos.
É
um quarto de dois metros quadrados com uma pequena janela. Um homem
estava encolhido no canto. O chão estava coberto de dejetos humanos.
O diretor me disse que esses
quartos eram monitorados, mas admitiu que, recentemente, um paciente
havia cometido suicídio ao subir até a janela e se enforcar.
Leia também: Guia ensina pais a distinguir criança 'levada' da que precisa de atenção especializada
Processo judicial
O
governo guatemalteco defendeu o uso destas celas, dizendo que "os
pacientes são mantidos em isolamento durante apenas duas horas em cada
ocasião" e são constantemente monitorados.
O governo também afirmou que ninguém estava sendo mantido em isolamento durante a nossa visita.
O
uso de salas de isolamento era parte das provas levadas pela DRI à
Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) em 2012, que emitiu
uma "medida de emergência" – efetivamente obrigando o governo a
solucionar as questões levantadas pela DRI para "salvar vidas".
As
autoridades concordaram em agir imediatamente e iniciar uma
investigação sobre as alegações de abuso sexual, mas, dois anos depois,
aparentemente nada foi feito.
Agora, a DRI está preparando um novo processo judicial contra o governo da Guatemala numa tentativa de fechar o hospital.
O
caso será analisado em meados de 2015. O governo da Guatemala será
efetivamente julgado pela Comissão sobre os problemas no hospital. O
governo poderá enfrentar sanções econômicas e comerciais de outros
membros da Comissão Interamericana.
Leia também: Lobotomia - de cura milagrosa a mutilação mental
A equipe do hospital teme
represálias se conversar com a imprensa, mas seis funcionários aceitaram
em falar na condição de serem estrevistados juntos e não serem
identificados.
"Não temos os remédios que precisamos para tratar pacientes. É sujo, há ratos e baratas", admitiu uma funcionária.
Outro
disse: "Acho que falo por todos ao dizer que os abusos cometidos no
hospital por guardas são de conhecimento comum". Os seis choram.
"Não
é perigoso só para os pacientes, mas para nós também", um funcionário
diz. "Já reclamamos, mas ninguém ouve. Trabalhar no hospital é
horrível".
O governo da Guatemala disse à BBC que iniciou o
processo de melhorar o sistema médico mental pelo país e que está
construindo um muro para separar prisioneiros do resto dos pacientes.
E afirmou ainda que, apesar de não ter recebido nenhuma denúncia de abuso sexual, ordenou uma investigação interna.
A vitamina D é um
hormônio esteroide lipossolúvel essencial para o corpo humano e sua
ausência pode proporcionar uma série de complicações. Afinal, ela
controla 270 genes, inclusive células do sistema cardiovascular. A
principal fonte de produção da vitamina se dá por meio da exposição
solar, pois os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar
a síntese desta substância. Alguns alimentos, especialmente peixes
gordos, são fontes de vitamina D, mas é o sol o responsável por 80 a 90%
da vitamina que o corpo recebe. Ela também pode ser produzida em
laboratório e ser administrada na forma de suplemento, quando há a
deficiência e para a prevenção e tratamento de uma série de doenças.
A vitamina D é
necessária para a manutenção do tecido ósseo, ela também influencia
consideravelmente no sistema imunológico, sendo interessante para o
tratamento de doenças autoimunes, como a artrite reumatoide e a
esclerose múltipla, e no processo de diferenciação celular, a falta
deste nutriente favorece 17 tipos de câncer.
Esta substância
ainda age na secreção hormonal e em diversas doenças crônicas não
transmissíveis, entre elas a síndrome metabólica que tem como um dos
componentes o diabetes tipo 2.
O consumo da
vitamina D é essencial para as gestantes, a falta dela pode levar a
abortos no primeiro trimestre. Já no final da gravidez, a carência do
nutriente favorece a pré-eclâmpsia e aumenta as chances da criança ser
autista.
A vitamina D foi
denominada desta forma em 1922, pois naquela época acreditava-se que ela
só poderia ser obtida por intermédio da alimentação. Ela foi batizada
de D por ter sido a quarta substância descoberta, depois das vitaminas
A, B e C. A partir da década de 1970 os pesquisadores descobriram que a
vitamina D poderia ser sintetizada pelo organismo, ou seja, na realidade
ela é um hormônio, não uma vitamina.
Fortalece os ossos:
A vitamina D é necessária para a absorção do cálcio pelos ossos.
Pessoas com deficiência de vitamina D chegam a aproveitar 30% menos de
cálcio proveniente da dieta. O cálcio é responsável por fortalecer ossos
e dentes. A deficiência deste nutriente pode causar o raquitismo na
infância e a osteoporose na vida adulta. Um exemplo da importância da
combinação dessas duas substâncias é que sempre que a recomendação de
suplementação de cálcio é recomendada ela é feita juntamente com a
vitamina D para atuar na absorção do mineral.
Uma pesquisa feita
pela Universidade de Zurique com 40.000 pessoas com mais de 65 anos
observou que a suplementação de vitamina D reduz em 20% o risco de
fraturas no quadril e em outras regiões com exceção da coluna
vertebral.
Protege o coração: A
vitamina D participa do controle das contrações do músculo cardíaco,
necessárias para bombear o sangue para o corpo. Além disso, ela permite o
relaxamento dos vasos sanguíneo e influencia na produção do principal
hormônio regulador da pressão arterial, a renina.
A falta da vitamina D
pode levar ao acúmulo de cálcio na artéria, favorecendo o risco de
formação de placas. Com todas essas questões, as chances de desenvolver
doenças cardiovasculares como insuficiência cardíaca, derrame e infarto
são maiores em pessoas com deficiência de vitamina D.
Uma pesquisa feita
com 50.000 homens pelo Harvard School of Public Health durante dez anos
observou que aqueles que tinham deficiência em vitamina D possuíam duas
vezes mais chances de sofrer um ataque cardíaco do que os homens que não
tinham a deficiência.
Gravidez segura: A
vitamina D é muito importante para as gestantes. No primeiro trimestre a
falta dela pode levar a abortos. Em casos de abortos múltiplos no
início da gravidez, pode ser que o sistema imunológico da mãe esteja
rejeitando a implantação do embrião. Como a vitamina D age no sistema
imunológico, ela pode corrigir este problema.
Além disso, no final
da gravidez, a ausência da vitamina D pode causar a pré-eclâmpsia,
doença na qual a gestante desenvolve a hipertensão. Afinal, esta
substância influência na produção da renina, principal hormônio
regulador da pressão arterial. A falta de vitamina D também aumenta as
chances da criança ser autista, pois ela é importante para o
desenvolvimento do cérebro do bebê.
Uma pesquisa
publicada no The American Journal of Clinical Nutrition feita com mais
de 1000 gestantes, observou que quando a mulher ingere a vitamina D os
riscos do bebê desenvolver problemas respiratórios diminuem.
Outro estudo feito
pela Universidade da Carolina do Sul, dos Estados Unidos, com 500
gestantes observou que o suplemento de vitamina D previne problemas como
diabetes gestacional, parto prematuro e infecções.
Boa para prevenir e controlar o diabetes: O
fato da vitamina D influenciar a produção de renina também é
interessante para prevenir o diabetes, pois a falta desta substância
favorece a doença. Além disso, a produção de insulina pelo pâncreas
requer a participação da vitamina D.
Como a diabetes tipo
1 é uma doença autoimune, a vitamina D torna-se interessante por ser um
imunoregulador que inibe seletivamente o tipo de resposta imunológica
que provoca a reação contra o próprio organismo.
Um estudo realizado
pelo Institute of Child Health da Inglaterra acompanhou 10.000 crianças
finlandesas desde o nascimento e observou que aquelas que receberam
regularmente suplementos da vitamina tiveram 90% menos chances de
desenvolver diabetes tipo 1.
Boa para os músculos: A
vitamina D contribui para a força muscular, portanto, sua ausência leva
a perda dessa força e aumenta o risco de quedas e fraturas. Uma
pesquisa feita pela Universidade de Zurique com pessoas acima de 65 anos
observou que o consumo de vitamina D pode diminuir o risco de quedas em
19%.
Tratamento de doenças autoimunes: a
vitamina D já está sendo utilizada no tratamento de doenças autoimunes,
condição que ocorre quando o sistema imunológico ataca e destrói
tecidos saudáveis do corpo por engano. A vitamina D é um imunoreguloador
que inibe seletivamente o tipo de resposta imunológica que provoca a
reação contra o próprio organismo. O tratamento de doenças autoimunes
com vitamina D é algo recente, mas é visto por especialistas como um
grande avanço da medicina.
Algumas das doenças
autoimunes que podem ser tratadas com altas doses de vitamina D são:
esclerose múltipla, artrite reumatoide e problemas oftalmológicos que
podem comprometer seriamente a visão do indivíduo e para os quais o
tratamento costumava ser muito difícil.
O neurologista
Cícero Galli Coimbra, professor associado e pesquisador da Universidade
Federal de São Paulo (UNIFESP), já tratou cerca de 1.200 pacientes com
esclerose múltipla e muitos outros com diferentes tipos de doenças
autoimunes utilizando principalmente o tratamento com doses de vitamina
D.
O tratamento pode
não só evitar que a doença avance como também proporcionar a recuperação
de sequelas recentes. Tudo irá depender da doença e do tempo que a
pessoa tem as sequelas, por isso o quanto antes iniciar o tratamento,
melhor.
É importante
ressaltar que este tipo de tratamento com suplementos de vitamina D deve
ser realizados somente por médicos, pois o consumo em excesso da
substância por conta própria pode causar sérios problemas para a saúde.
Outro estudo
publicado no Journal of The American Medical Association feito com 7
milhões de norte-americanos constatou que o consumo de suplementos de
vitamina D está associado ao menor risco de esclerose múltipla.
Previne e ajuda no tratamento do câncer: A
falta de vitamina D favorece 17 tipos de câncer, como os de mama,
próstata e melanoma. Isto ocorre porque a substância participa do
processo de diferenciação celular, que mantém as células cardíacas como
células cardíacas, as da pele como da pele e assim por diante. Desta
maneira ela evita que as células se tornem cancerosas. Além disso, a
vitamina D ainda promove a autodestruição das células cancerosas.
Por essas razões,
alguns estudos mostraram que além de prevenir o câncer, o consumo de
altas doses dessa substância pode ser eficaz no combate a determinados
tipos de câncer. Porém, neste caso também é necessário que a ingestão
dos suplementos de vitamina D sejam realizados com o acompanhamento
médico.
De acordo com o
National Cancer Institute dos Estados Unidos há diversos estudos que
apontam que a vitamina D é uma aliada no tratamento do câncer,
especialmente do colorretal, de próstata e do seio. Porém, o instituto
também diz que ainda são necessários mais estudos.
Boa para autistas:
Como a vitamina D é importante para o desenvolvimento do cérebro, ela
ajuda a prevenir o autismo durante a gestação. Caso a pessoa tenha esta
condição, continua interessante que ela obtenha a vitamina D, o que
muitas vezes não ocorre facilmente por meio da exposição solar, fonte da
substância, pois o indivíduo passa muito tempo em ambientes fechados.
Um estudo realizado
pelo Children?s Hospital Oakland Research Institute, nos Estados Unidos,
observou que três hormônios do cérebro que afetam o comportamento
social, serotonina, ocitocina e vasopressina, são ativados pela vitamina
D.
Previne gripe e resfriado: Este
benefício tem sido estudado com base em alguns problemas causados pela
falta de vitamina D. Crianças com deficiência de vitamina D tem mais
chances de desenvolver infecções respiratórias. Já adultos com menores
quantidades de vitamina D contraem mais resfriados e problemas no trato
respiratório.
Uma pesquisa
publicada no The American Journal of Clinical Nutrition que contou com a
participação de 340 crianças japonesas durante quatro meses observou
que os riscos de contrair gripe diminuiu no grupo que ingeriu o
suplemento de vitamina D.
Diminui o risco de morte prematura:
Uma pesquisa publicada no Archives odfInternal Medicine sugere que
tomar suplementos de vitamina D podem reduzir as taxas de mortalidade. O
estudo observou o resultado de 18 estudos que contaram no total com
cerca de 60.000 participantes e constatou que o consumo de suplementos
de vitamina D diminui em 7% o risco de mortalidade por qualquer causa.
Quando consumida
dentro das quantidades recomendadas a vitamina D não interage com
nenhuma outra substância. Porém, quando ingerida em excesso pode levar a
alta absorção de cálcio, por isso que o consumo de vitamina D além do
recomendado só pode ser feito com orientação médica.
Quando consumida
dentro das quantidades recomendadas a vitamina D não tem efeitos
colaterais. Porém, quando ingerida em excesso pode prejudicar os rins
por causar o aumento da absorção de cálcio. Por isso, é importante que o
consumo além do recomendado desta vitamina seja feito com
acompanhamento médico.
A deficiência de
vitamina D pode causar uma série de problemas de saúde. A falta dela
aumenta o risco de problemas cardíacos, osteoporose, câncer, gripe e
resfriado, e doenças autoimunes como esclerose múltipla e diabetes tipo
1. Em mulheres grávidas deficiência de vitamina D aumenta o risco de
aborto, favorece a pré-eclâmpsia e eleva as chances da criança ser
autista.
Segundo diversos
estudos realizados recentemente, entre eles um da Universidade do
Wisconsin, Estados Unidos, e outro da Universidade de Toronto, Canadá, a
orientação para pessoas com mais de 50 quilos é consumir entre 5.000 e
10.000 unidades de vitamina D. O mesmo vale para as gestantes e
lactantes.
No caso das crianças
a orientação é ingerir até 1.000 unidades de vitamina D para cada 5
quilos de peso. Então, uma criança que pesa 30 quilos, por exemplo, pode
ingerir até 6.000 unidades de vitamina D.
Apesar de estar
presente em alimentos de origem animal, estas comidas não possuem a
quantidade de vitamina D que o organismo necessita. Por isso, para
evitar a carência da substância é importante tomar de 15 a 20 minutos de
sol ao dia. Braços e pernas devem estar expostos, pois a quantidade de
vitamina D que será absorvida é proporcional a quantidade de pele que
está exposta.
Ao se expor ao sol
para obter a vitamina é importante não passar o filtro solar. Para se
ter uma ideia, o protetor fator 8 inibe a retenção de vitamina D em 95% e
um fator maior do que isso praticamente zera a produção da substância.
Para evitar o câncer de pele, após os 15 a 20 minutos recomendados para
obter a vitamina, passe o protetor solar.
As janelas também
atrapalham a absorção da vitamina D. Isto porque os raios ultravioletas
do tipo B (UVB), capazes de ativar a síntese da vitamina D, não
conseguem atravessar os vidros.
A exposição ao sol
da maneira recomendada irá proporcionar as 10 mil unidades de vitamina
D. Como a exposição solar já irá proporcionar boas quantidades da
substância, é importante que a necessidade do indivíduo seja analisada
por um profissional da saúde a fim de saber se apenas o sol é o
suficiente ou se é preciso uma alimentação rica na substância ou
suplementação.
Todos os alimentos
fontes de vitamina D são de origem animal porque as fontes vegetais não
conseguem sintetizar a vitamina da maneira como os alimentos
provenientes de animais. Até mesmo o alimento com as maiores quantidades
da substância, o salmão, conta com somente 6,85% das necessidades
diária de vitamina D em uma porção de 100 gramas. Por isso, tomar sol é
fundamental para evitar a carência do nutriente.
Além disso, esses
alimentos são bastante ricos em gordura saturada. Quando ingerido em
grandes quantidades este lipídio sofre o processo de oxidação e há o
risco do aparecimento de placas que podem inflamar as artérias
sanguíneas, levando a doença vascular que pode comprometer o coração, os
rins e o cérebro a longo prazo.
Confira os alimentos que possuem vitamina D.
Alimento
Quantidade de vitamina D
Porcentagem do valor diário de vitamina D
Atum (100 gramas)
227 unidades
2,27%
Sardinha (100 gramas)
193 unidades
1,93%
Ovo (uma unidade)
43,5 unidades
0,43%
Queijo cheddar (50 gramas)
12 unidades
0,12%
Carne bovina (100 gramas)
15 unidades
0,15%
Fonte: Tabela do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Os suplementos de
vitamina D podem ser utilizados em casos de constatação de carência da
substância ou no tratamento de algumas doenças. A falta do nutriente é
constatada após exame de sangue.
É importante
ressaltar que os suplementos só podem ser tomados após a orientação
médica para o consumo dessas doses extras. Em alguns tratamentos são
orientadas superdoses de vitamina D, ou seja, uma quantidade além do que
é normalmente orientado. Nesses casos o consumo sempre é feito com
orientação médica e é preciso observar o quanto de cálcio e líquidos a
pessoa irá ingerir, sendo que o consumo do mineral pode precisar ser
reduzido e o de líquidos aumentado.
Idosos e os suplementos: Pessoas
mais velhas produzem menos vitamina D em resposta à exposição ao sol
por questões metabólicas relacionadas à idade. A quantidade da
substância produzida em uma pessoa de 70 anos é, em média, um quarto da
que é sintetizada por um jovem de 20 anos. Por isso, é interessante que
os idosos conversem com seus médicos sobre a possibilidade de consumir
suplementos de vitamina D.
É importante
destacar que o excesso de vitamina D só ocorre por meio da
suplementação. Isto porque os alimentos não contam com quantidades
grandes da substância e a obtenção dela por meio dos raios solares é
regulada pela pele, que cessa a produção da vitamina quando atinge os
valores necessários.
Porém, o excesso por
meio dos suplementos sem a orientação médica pode ser muito perigoso.
Há o risco de ocorrer a elevação da concentração de cálcio no sangue e
isso pode provocar a calcificação de vários tecidos, sendo que os mais
afetados são os rins, que podem chegar a perder sua função.
Suplemento + hidratação:
Ao ingerir os suplementos de vitamina D, para evitar problemas de
saúde, especialmente nos rins, além do acompanhamento médico, é
importante se hidratar e manter uma dieta balanceada.
Infelizmente, cerca
de 80% das pessoas que vivem em um ambiente urbano, são carentes em
vitamina D. Isto porque elas passam grandes períodos de tempo em locais
fechados e não se expõem ao sol.
Contudo, a
deficiência pode ser revertida. É possível fazer esta correção do quadro
por meio de suplementação, lembrando que esta alternativa é válida
somente após a orientação médica, e/ou tomando sol sem proteção solar
nos braços e pernas durante quinze a vinte minutos todos os dias.
Fontes consultadas: Neurologista Cícero Galli Coimbra, professor associado e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo.
Nutricionista Rúbia Gomes Maciel, da empresa Natue.
Nutricionista Natielen Jacques Schuch, professora do Centro Universitário Franciscano.